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Pesquisador de universidade morto a tiros por funcionário fazia pesquisa com clone de cabra

Políticos cearenses se manifestam sobre morte de pesquisador em Fortaleza

Foto: Reprodução

O pesquisador e médico veterinário Saul Gaudêncio Neto, morto a tiros nesta quinta-feira (4) por um funcionário da universidade em que ele atuava, participou de uma pesquisa sobre clone de cabra em Fortaleza. Ele foi um dos coordenadores de um projeto que criou o primeiro clone transgênico desse animal da América Latina.

A pesquisa foi tocada com o objetivo de fazer o animal produzir no próprio leite uma substância usada no tratamento da doença de Gaucher, em seres humanos. A partir disso, foram feitos ainda outros estudos para produzir transgênicos no estado. Em 2016, um desses animais resultados das pesquisas pôde produzir proteínas existentes no leite materno, de modo a ajudar no tratamento de diarreia em bebês recém-nascidos.

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Pesquisador morto a tiros participou de projeto de clone de cabra

Conforme os pesquisadores, a prática é feita a partir da manipulação do DNA da cabra, inserindo um trecho de DNA humano no código genético do animal. Os responsáveis pelos estudos garantem ainda que os animais não sofrem maus tratos no decorrer das pesquisas.

Prisão

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O funcionário da universidade suspeito de matar o pesquisador a tiros foi preso na manhã desta sexta-feira (5), em Fortaleza. Ele teria assassinado Saul Gaudêncio Neto, na quinta-feira (4), em retaliação por sucessivas suspensões no trabalho, por estar se sentindo perseguido.

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Na noite desta quinta-feira (4), o suspeito abordou e pediu uma carona ao pesquisador, que estava acompanhado da namorada. Quando os três se aproximaram da região da Lagoa do Colosso, em uma área de pouco movimento, o funcionário anunciou as reais intenções, dizendo que iria “prestar contas” com Saul pelo que havia ocorrido.

Ao ouvir a ameaça, a namorada de Saul abriu a porta do carro e saiu correndo, momento em que foi atingida por um tiro nas costas – ela, no entanto, conseguiu pedir ajuda e foi socorrida, sendo levada para uma unidade hospitalar. O atirador, então, obrigou Saul a dirigir até uma estrada carroçável, onde o executou a tiros. O homem foi encontrado já sem vida, segurando um cartão bancário na mão.

Um indivíduo que passava pelo local para buscar a esposa no trabalho viu o carro de Saul com a porta aberta e outro veículo ao lado – possivelmente o carro de apoio para a fuga do suspeito. A Polícia Militar do Ceará (PMCE) foi logo acionada e se dirigiu ao local.

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Universidade

A universidade em que o pesquisador atuava divulgou nota lamentando a morte do homem. Ele, que era também médico veterinário, foi executado nas imediações da Avenida Hermenegildo de Sá Cavalcante.

A instituição pontua que “lamenta profundamente” a morte do homem, “se solidariza com a família e amigos de Saul e segue aguardando as investigações das autoridades competentes”. O caso é investigado pela 7ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (7ª DHPP), da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE).

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Secretaria de Segurança

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informa que investiga as circunstâncias do homicídio. Uma mulher, que também foi lesionada por disparos de arma de fogo, foi socorrida a uma unidade hospitalar da região.

Equipes da Polícia Militar do Ceará (PMCE) e da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) também foram acionadas e realizaram os primeiros levantamentos, que subsidiam os trabalhos policiais. As investigações estão a cargo da 7ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (7ª DHPP), que realiza diligências visando elucidar o caso, bem como identificar a autoria do crime.

Denúncias

A população pode contribuir com as investigações repassando informações que auxiliem os trabalhos policiais. As denúncias podem ser feitas para o número 181, o Disque-Denúncia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), ou para o (85)3101-0181, que é o número de WhatsApp, por onde podem ser feitas denúncias via mensagem, áudio, vídeo e fotografia.

As informações também podem ser encaminhadas para o telefone (85)3257-4807, do DHPP, que também é o WhatsApp do Departamento. O sigilo e o anonimato são garantidos.

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