O clima no condomínio do bairro Farias Brito, em Fortaleza, é de extrema tensão e medo. Na última sexta-feira (5), um lutador de jiu-jitsu, residente do prédio, assassinou brutalmente um idoso de 91 anos e feriu outras três pessoas, transformando o local em um verdadeiro cenário de horror.
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Cassiana, uma moradora que testemunhou o incidente, compartilhou sua angústia: “Lucas está matando o Seu Bidu!”, gritou ela ao ver a cena pela janela de seu apartamento. Ela contou que o agressor, Lucas Amorim Magalhães, de 27 anos, era conhecido por ser uma pessoa calma, mas que demonstrava agressividade quando contrariado.
“Esse rapaz tinha cachorros, né? Passava o dia em casa. E ele descia e passava todos os dias, né, circulava aqui pela área. E sempre meu avô cumprimentou ele, ele cumprimentava meu avô,” relatou um neto do idoso assassinado, conhecido como Seu Bidu.
“Ele sempre foi uma pessoa super calma, de fala mansa, mas ele tinha um perfil assim de quando era contrariado, ou não sei se ele se utilizava do porte físico dele e das habilidades de luta dele, ele era uma pessoa que gostava de impor medo.”
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Na sexta-feira fatídica, Lucas desceu ao pátio do condomínio e, sem qualquer motivo aparente, atacou Seu Bidu. “Aí ele chegou no Seu Bidu, levantou-o pelos braços, deu uma rasteira e bateu a cabeça dele três vezes no chão,” detalhou Cassiana. “Quando ele bateu a cabeça do Seu Bidu no chão, eu comecei a gritar por socorro.”
Cassiana descreveu a cena horrível de ver seu filho também sendo atacado. “Eu não sabia que meu filho estava em casa, de jeito nenhum. Aí quando eu vi, já foi ele gritando muito. Ele pegou e agrediu meu filho, deu uma furada, nisso aqui. Pegou oito pontos.”
Pânico e ação da polícia
Lucas fugiu do local logo após os ataques, ainda portando a arma usada no crime, e ameaçou outras pessoas na rua. Minutos depois, foi capturado na Avenida Bezerra de Menezes após um confronto com policiais, onde foi baleado na perna.
Getônio, filho de Seu Bidu, chegou ao condomínio sem saber da tragédia que havia ocorrido. “Ele estava com um furador de coco na mão, ensanguentado. E esse cara quer me pegar, por quê? Qual foi o mal que eu fiz a ele?”
Medo e incerteza após ataque de lutador em condomínio
Familiares das vítimas estão apreensivos com a possibilidade de Lucas ser solto. A defesa de Lucas alega que ele estava em surto psicótico no momento dos ataques. “Que é ter que conviver com o luto, a saudade e o medo, que é isso que a gente está passando no momento,” disse um familiar, enfatizando a dificuldade em fazer com que testemunhas prestem depoimentos na delegacia devido ao medo.
O incidente chocou os moradores do condomínio e levantou questões sobre segurança e saúde mental. Enquanto as investigações continuam, a comunidade tenta lidar com a perda e o trauma causado por essa tragédia brutal.
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