Os dados mais recentes sobre o endividamento dos consumidores em Fortaleza, divulgados nesta quinta-feira (11) pela pesquisa Perfil do Endividamento do Consumidor em Fortaleza, realizada pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Ceará (Fecomércio-CE), revelam um panorama detalhado da situação financeira dos consumidores na capital cearense.
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Em julho, 74,8% dos consumidores em Fortaleza estão endividados. Esse número representa uma redução de 0,8 ponto percentual (p.p.) em comparação com o mês anterior, quando a taxa era de 75,6%. No entanto, é 1,8 p.p. maior do que o registrado em julho de 2023, que era de 73%. Além disso, 21% dos consumidores da capital estão com contas ou dívidas em atraso. Este percentual é menor que o registrado no mesmo mês do ano passado, quando era de 24%, mas ligeiramente maior do que o de junho deste ano, que foi de 20,9%.
Dentre esses consumidores, 10% possuem dívidas que venceram há mais de 90 dias. O perfil predominante dos consumidores com contas em atraso é composto por homens (21,4%) com idade superior a 35 anos (23,4%) e renda familiar de até cinco salários mínimos, ou R$ 7.060.
Endividamento em Fortaleza: 74,8% dos consumidores estão endividados em julho
A pesquisa identificou as principais causas do endividamento entre os consumidores de Fortaleza. O desequilíbrio financeiro foi apontado como o principal fator, responsável por 60,3% dos casos, seguido pela necessidade de destinar recursos para outras finalidades, com 41,4%. A contestação da dívida e a negligência também foram citadas, com 7,7% e 4,7%, respectivamente.
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O comprometimento da renda familiar para o pagamento de contas é, em média, de 45,2%. Este valor é 1,3 p.p. maior do que o registrado em junho (43,9%) e 4,8 p.p. maior do que o registrado no mesmo mês do ano anterior. O valor médio das dívidas dos consumidores é de R$ 1.854, com prazo médio de nove meses para quitação. Os principais gastos que contribuíram para o endividamento dos consumidores foram alimentação, que representou 62,3% das dívidas, seguido pelo tratamento de saúde (28%), vestuário (27,4%), outros gastos (26,7%) e aluguel residencial (24,2%).
Os consumidores utilizam principalmente o cartão de crédito como instrumento de endividamento, citado por 79,6% dos entrevistados. O financiamento bancário, incluindo veículos e imóveis, foi apontado por 16,5% dos consumidores.
A pesquisa do IPDC e Fecomércio-CE revela um cenário preocupante de endividamento em Fortaleza, destacando a necessidade de ações voltadas para a educação financeira e o suporte aos consumidores em dificuldades. O comprometimento da renda com dívidas e os principais fatores que levam ao endividamento mostram a complexidade da situação econômica enfrentada por muitas famílias na capital cearense.
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