Ceará tem realizado investimentos em tecnologia para aumentar número de transplantes O Hospital Geral de Fortaleza (HGF) continua a se destacar como referência em transplantes no Norte e Nordeste, registrando um aumento significativo no número de procedimentos nos primeiros seis meses deste ano.
De janeiro a junho, foram realizados 113 transplantes de córnea, 59 de rim, 29 de fígado e dois de pâncreas. Esse crescimento contínuo reflete os esforços em sensibilizar a população sobre a importância da doação de órgãos.
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“O principal ponto realmente é a informação. Então, a partir do momento que as famílias, a população, as pessoas saibam o que é a morte encefálica e saibam o benefício que é fazer a doação de órgãos, quantas pessoas ela vai tirar do sofrimento. Isso muitas vezes é um alento para quem está passando por um momento de dor tão terrível quanto perder um ente querido, um amor da sua vida”, destacou um especialista do HGF.
Entre os pacientes beneficiados está Aureliano, que aguarda ansiosamente pela oportunidade de realizar um transplante de rim. Atualmente em tratamento de hemodiálise, ele deposita suas esperanças na chance de uma nova vida. “Se Deus quiser, eu vou conseguir o transplante para poder sair dessa hemodiálise que é dura”, afirmou Aureliano.
O Hospital Geral de Fortaleza, além de ser uma referência em transplantes renais, hepáticos, pancreáticos e de córneas, abriga o único banco de olhos do Estado. A estrutura robusta e especializada do HGF permite que muitos pacientes recebam o tratamento necessário e tenham suas vidas transformadas.
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Paulo, um paciente que recentemente passou por um transplante de fígado, compartilhou sua experiência positiva após a cirurgia. “Após a operação eu só me sinto melhor. Muitos anos de vida pela frente, se Deus quiser. Cuidar dos meus netos, da minha família”, disse Paulo, que está na segunda consulta pós-operatória. Ele, como todos os transplantados, continua seu tratamento com medicamentos imunossupressores para evitar a rejeição do órgão.
Ceará investe em tecnologia para aumentar número de transplantes
O Brasil é reconhecido mundialmente pelo seu sistema público de transplantes, considerado o maior do mundo. “O Brasil tem um sistema de transplante muito organizado, existe o sistema nacional de transplantes que é gerenciado pelo Ministério da Saúde, e esse sistema nacional, ele tem as suas subunidades, que são as centrais estaduais. E essas centrais estaduais se organizam com comissões intra-hospitalares de doação de órgão e tecido para transplante, que a gente chama de sidotes”, explicou um especialista do Ministério da Saúde. Essas sidotes são responsáveis por gerenciar a atividade transplantadora e identificar potenciais doadores dentro dos hospitais.
O Hospital Universitário Walter Cantídio, também em Fortaleza, realizou o primeiro transplante renal do Norte e Nordeste em 1977, e é pioneiro em transplantes hepáticos e de medula óssea no Ceará. Entre janeiro do ano passado e março deste ano, o hospital realizou 260 transplantes, sendo cerca de 60 de medula óssea.
Além dos métodos tradicionais, o HGF está na vanguarda da terapia celular com carticel, uma técnica desenvolvida para pacientes que não respondem a terapêuticas convencionais, incluindo o transplante de medula óssea. “O objetivo é atender essas pessoas com carticel acadêmico. Existe carticel já da indústria farmacêutica no nosso país. Nós já temos quatro drogas liberadas, mas o projeto acadêmico, ele vislumbra a perspectiva de atender o doente do SUS”, explicou um pesquisador.
A doação de órgãos é vista como uma corrente de amor e esperança. A campanha Maria Sofia, abraçada pelo grupo Cidade de Comunicação, exemplifica esse espírito. A jovem influenciadora, após receber um transplante de fígado e falecer, doou quatro órgãos, trazendo esperança e vida a outras pessoas.
Com iniciativas como essas, o Ceará continua a fortalecer seu papel como líder em transplantes na região, oferecendo novas oportunidades de vida para inúmeros pacientes como Aureliano.
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