No dia 28 de junho de 2024, a influenciadora e ex-modelo brasileira Kat Torres foi condenada a oito anos de prisão por tráfico humano e condições análogas à escravidão. A sentença foi proferida pelo juiz Marcelo Luzio Marques Araújo, da 10ª Vara Federal do Rio de Janeiro. Kat atraiu suas vítimas, incluindo a brasileira Desirrê Freitas, prometendo ajuda espiritual e financeira, mas as submeteu a exploração sexual e trabalho forçado nos Estados Unidos.
A investigação teve início em setembro de 2022, quando duas jovens brasileiras foram dadas como desaparecidas, levando suas famílias e o FBI a uma busca desesperada. As jovens estavam morando com Kat Torres, que se apresentava como guru espiritual nas redes sociais. Ana, uma ex-seguidora que também foi vítima de Kat, desempenhou um papel crucial na localização e resgate das mulheres. Ela relata que Kat utilizava promessas de cura e sucesso para atrair suas seguidoras, mas as mantinha em condições degradantes.
Além da condenação de Kat, outras denúncias estão sendo investigadas no Brasil. Mais de 20 mulheres já relataram terem sido enganadas ou exploradas por ela. Ana, ao falar publicamente pela primeira vez, espera que seu testemunho ajude a reconhecer a gravidade dos crimes de Kat e que mais vítimas se apresentem. Enquanto isso, muitas ex-seguidoras ainda estão em tratamento psicológico para se recuperarem do trauma.
Um documentário intitulado “Do like ao cativeiro: ascensão e queda de uma guru do Instagram”, publicado pela BBC News Brasil, explora a trajetória de Kat Torres e suas atividades criminosas. O advogado de Kat, Rodrigo Menezes, informou que recorreu da condenação, alegando a inocência de sua cliente. No entanto, a sentença e as investigações continuam, trazendo à tona a complexa e perturbadora rede de manipulação e abuso criada pela influenciadora.
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