Rebeca Kaylane, bebê de 11 meses que no último mês foi baleada em uma praça de Fortaleza, acordou do coma em que estava, até recentemente, mas a família agora precisa de ajuda para arcar com os custos do tratamento. A criança estava com os pais em uma praça no bairro Joaquim Távora, assim como dezenas de outras pessoas, quando iniciou-se um tiroteio no local.
“Graças a Deus que ela está se recuperando e já abre os olhos, já mexe com a mãozinha”, conta, aliviada, Kátia do Nascimento, mãe da menina. Ela também pontua que está sendo difícil cuidar da bebê e sustentar os outros filhos, com custos como pomadas e alimentação especial. “Por isso que eu também estou aqui pedindo ajuda a vocês, qualquer coisa que puderem me dar, uma doação de alimento… Se for Pix, é o Pix da minha irmã, da Eliane, o que puderem me dar é bem-vindo.”
A família pode ser contatada pelo número (85) 98848.0591, que também é chave Pix da tia da criança (Eliane do Nascimento Melo). A família também aceita doações de cestas básicas, material de higiene, pomadas ou fraldas, entrando em contato por meio do telefone.
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Recuperação
“Às vezes a gente sente que ela está querendo chorar um pouquinho, só não dá pra escutar muito por causa do aparelho que tem na gargantinha dela, pra poder ela respirar. Mas às vezes a gente vê ela querendo chorar, às vezes ela olha pra gente, eu converso com ela, ela tenta olhar pro lado…”, conta a mulher.
A bebê teoricamente não corre risco de vida, mas ainda precisa fazer uma drenagem no cérebro, conforme informado à mãe pela equipe médica.
A criança chegou a ficar quase um mês em coma, tendo passado também por cirurgia após o ocorrido. Após ser atingida pela bala perdida, Rebeca Kaylane foi imediatamente levada para o Instituto Dr. José Frota (IJF), no Centro de Fortaleza, onde recebeu tratamento.
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O caso
Dona Kátia já havia falado com a equipe da TV Cidade Fortaleza, no último mês, sobre o ocorrido. Ela narrou momentos de terror após a criança ser atingida na praça em que estavam, no bairro Joaquim Távora.
“A gente foi só pra jantar, em menos de um minuto começou a rolar o tiroteio. Meu marido, na hora que pediu pra gente deitar no chão, a bala já tinha pegado na cabecinha dela, tinha atingido de um lado pro outro. Foi quando apareceu um anjo de Deus, foi buscar o carro na casa dele, pegou a menina, a nossa filha, botou dentro do carro e levou no IJF. Eu fui pra minha irmã com meu filho, de Uber, que eu não conseguia ir andando, de tão nervosa que eu tava”, narra a mulher.
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Imagens de uma câmera de segurança mostram que o local estava lotado, com várias pessoas sentadas em mesas e comendo. No momento do tiroteio, houve intenso movimento, com as pessoas levantando e correndo do local.
A criança e o pai foram socorridos para o IJF com a ajuda de um casal de jovens que estavam nas proximidades e deram carona até a unidade hospitalar. Chegando ao local, a criança recebeu atendimento imediato.
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Ao falar sobre o ocorrido com a equipe de reportagem da TV Cidade Fortaleza, a estudante Victória Lima, de 21 anos, narrou os momentos vividos até chegar à unidade. “A gente não estava nem sentindo ela respirar direito e o pai começou a se desesperar: ‘não, minha filha não está respirando, minha filha não está respirando’. Aí ela voltou a respirar de novo, direitinho, e foi o tempo que a gente conseguiu chegar no IJF.”
As dificuldades, no entanto, não acabaram nesse momento. Victória conta que, ao chegar perto do hospital, havia movimento intenso de carros, empatando a passagem. “A gente pedindo, gritando ‘dá licença, deixa a gente passar com o carro, a gente está com uma criança baleada, uma criança, por favor’, e o pai da criança gritando e ninguém abria caminho”, relata. Com isso, decidiram sair do carro e correr com a criança nos braços.