VIOLÊNCIA

Ceará é o estado que mais registra homicídios da população LGBTQIA+

Os números estão na atualização do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgada nesta semana

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20 de julho de 2024
Luciano Augusto

O Ceará é o estado que mais registra homicídios da população LGBTQIA+ pelo terceiro ano seguido. Os números estão na atualização do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Segundo o levantamento, no ano passado foram 44 mortes.

Ceará é o estado que mais registra homicídios da população LGBTQIA+
Crédito: Reprodução Internet

Em todo o país, os homicídios de pessoas LGBTQIA+ somaram 214 casos em 2023, tendo um aumento de 41,7% em relação ao ano anterior, com 151 registros.

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Ranking de homicídios da população LGBTQIA+

1º Ceará – 44 homicídios
2º Maranhão – 34 homicídios
3º Minas Gerais – 32 homicídios
4º Pernambuco – 31 homicídios
5º Alagoas – 11 homicídios

“Muitos estados não compartilharam dados sobre o tema, ignorando pedido do Fórum Brasileiro de Segurança Pública Fórum (que faz o Anuário) ou afirmando que não possuem a informação. Esse é um grande problema, por gerar subnotificação e deixar o brasileiro sem a dimensão real do problema”, diz Juliana Brandão, pesquisadora sênior do Fórum.

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Lesão corporal

Minas Gerais (596), Pernambuco (585) e Ceará (498) lideraram em episódios de lesão corporal no último ano. Enquanto Mato Grosso do Sul (57), Pernambuco (50) e Minas Gerais (40) são os que mais tiveram registros de estupro.

Injúria por homotransfobia

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública ainda observou um crescimento acentuado dos casos de injúria por homotransfobia enquadrados na lei do racismo. Em 2022, houve 783 ocorrências em todo o país. No ano seguinte, 2.090, valor 88% maior.

Essa tendência é observada desde que STF (Supremo Tribunal Federal) criminalizou a homotransfobia, há cinco anos, enquadrando o delito na lei do racismo —com pena de 2 a 5 anos de reclusão— até que o Congresso Nacional aprove uma legislação específica sobre o tema.

Desde então, os crimes podem ser classificados como intolerância ou injúria por identidade, expressão de gênero e orientação sexual.

Segundo o Fórum, São Paulo (809), Ceará (341) e Rio Grande do Sul (325) lideraram no total de casos no último ano.

Em termos proporcionais, o estado nordestino lidera, com 4 ocorrências por 100 mil habitantes.

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