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Soltar pipa em via férrea é crime e pode causar acidentes, informa Metrofor

Soltar pipa em via férrea é crime e pode causar acidentes, informa Metrofor

Foto: Ascom Metrofor

Com o aumento de acidentes envolvendo linhas de cerol pipas nas vias públicas, o Metrofor tem enfrentado problemas com um risco crescente de acidentes devido à presença irregular de pessoas que vão soltar pipa dentro das vias férreas. Desde o início das férias escolares diariamente, pelo final da tarde, são vistos grupos de adultos, jovens e crianças que invadem alguns trechos e permanecem brincando com suas pipas, ignorando os perigos de possíveis atropelamentos e outros riscos. A prática pode ser tipificada como crime, sendo classificada como delito ou penalidade.

A área de segurança do Metrofor tem visto com grande preocupação essas invasões. “A equipe está sempre pedindo que saiam, explicando as irregularidades e os riscos, mas são muitas pessoas, e em muitos trechos, o que dificulta esse trabalho”, explicou Plínio Araújo, titular da gerência de Estações e Segurança Operacional.

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Ações que colocam a vida de outras pessoas em risco, que atrapalham o serviço de transporte sobre trilhos ou que causam danos ao patrimônio público podem ser tipificadas como crime, de acordo com o Código Penal brasileiro. O artigo 132 classifica como delito quaisquer ações que gerem risco para a vida ou a saúde de outra pessoa; o artigo 261 determina penalidades para quem atrapalha ou impede o funcionamento do transporte sobre trilhos; e o artigo 163 trata sobre crimes contra o patrimônio público.

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Além do risco de danos graves à saúde ou até morte, essas invasões também representam uma ameaça ao serviço de transporte público sobre trilhos, que pode sofrer atrasos ou paralisações, prejudicando a rotina de milhares de pessoas. Quando as invasões ocorrem em trechos de via eletrificada, há o risco adicional de choque elétrico e danos aos equipamentos que fazem parte do sistema de tração dos trens.

Soltar pipa em via férrea é crime e pode causar acidentes, informa Metrofor

O motociclista que morreu na última sexta-feira (12), após ter o pescoço atingido por uma linha de cerol, foi identificado como Bruno Anderson Mesquita, de 22 anos. O acidente aconteceu no quilômetro 3 da BR-116, no Bairro Tancredo Neves, em Fortaleza. Bruno estava trabalhando como entregador de aplicativo no momento do acidente.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), testemunhas informaram que, após ser atingido pela linha com cerol, Bruno diminuiu a velocidade, parou a moto e sentou no meio-fio da rodovia, onde faleceu. O policial rodoviário federal Allan Montenegro explicou que a vítima sofreu um corte intenso na região do pescoço, afetando alguns vasos sanguíneos.

“O cerol é proibido por lei, mas mesmo assim as pessoas não têm consciência e acham que isso é brincadeira banal. O cerol mata”, alertou Montenegro.

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