A idade é um dos principais fatores de risco para o Alzheimer, com os sintomas típicos geralmente se manifestando após os 65 anos. No entanto, novas pesquisas indicam que pessoas com histórico familiar da doença podem começar a apresentar sinais muito mais cedo, antes dos 45 anos.
Pesquisadores da University College London, no Reino Unido, descobriram que a perda de orientação durante a caminhada e dificuldades de percepção espacial podem ser os primeiros sinais de Alzheimer em indivíduos predispostos. Esses problemas de locomoção podem surgir muitos anos, ou até décadas, antes de outros sintomas mais comuns, permitindo um diagnóstico precoce.
Testes que avaliam habilidades de orientação, utilizando capacetes de realidade virtual, demonstraram que indivíduos com maior risco de demência obtiveram os piores resultados. Essa detecção precoce é crucial para um diagnóstico mais preciso e oportuno, possibilitando intervenções médicas mais eficazes.
Recentemente, medicamentos como lecanemab e donanemab têm mostrado potencial na eliminação de aglomerados tóxicos de amiloide no cérebro, especialmente durante os estágios iniciais da doença. Essas “placas senis” são uma das principais características patológicas associadas ao Alzheimer, e os novos medicamentos podem oferecer benefícios significativos.
Além das dificuldades de locomoção e percepção espacial, outros sinais de Alzheimer a serem observados incluem problemas de memória que afetam atividades diárias, dificuldades em realizar tarefas habituais, problemas de comunicação, desorientação no tempo e no espaço, diminuição da capacidade de julgamento, mudanças de humor e comportamento, alterações na personalidade e perda de iniciativa.
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