Uma inspetora foi indiciada após ser acusada de injúria racial durante uma discussão com um garçom em um restaurante em Fortaleza. Foi publicada uma portaria da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD) no Diário Oficial do Estado (DOE) na última sexta-feira (19), informando sobre o procedimento aberto contra Janete de Almeida Fermon.
Durante a discussão, que foi filmada em parte por uma das pessoas presentes, a mulher é vista dizendo que o garçom “nunca vai chegar a gerente” e que “vai comer milho na senzala”. Ela é vista, então, entrando no carro para sair do local.
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A discussão teria começado com um desentendimento entre o garçom e a cliente, que tinha a intenção de deixar documentos no local para voltar e pagar a conta outro dia. Ela chegou a acertar isso com o gerente do estabelecimento, mas o garçom resistia à ideia, pois temia que, caso ela não pagasse, o valor seria descontado do salário dele.
Em depoimento, a inspetora rebateu que a fala dizia respeito apenas à postura profissional do homem, pontuando que ele nunca chegaria a ser gerente por causa do desrespeito que demonstrava com os clientes. Também declarou que só se exaltou depois de vários insultos direcionados a ela pelo funcionário.
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Ele, por sua vez, foi indiciado por crime de injúria em decorrência da discussão. Isso porque, durante a briga, ele teria dito que a postura da inspetora era “coisa de liso, a pessoa sair para beber e não ter dinheiro [para pagar]”. Segundo ele, também em depoimento, a inspetora e o namorado dela, também presente, teriam ido “para cima dele” e o homem também teria retrucado com “cala a boca, negão” durante a confusão.