A Venezuela realiza neste domingo (28) eleição para definir o próximo presidente do país, em disputa travada entre o atual governante Nicolás Maduro e o candidato da oposição Edmundo González. Conforme as últimas pesquisas de intenção de voto feitas por atores independentes do governo venezuelano, o opositor aparece com vantagem.
Com isso, a Venezuela poderá deixar de ter Maduro como presidente pela primeira vez em mais de 10 anos, com o mandatário estando no poder desde o ano de 2013. Após o resultado da eleição, a posse acontecerá apenas em janeiro do ano que vem.
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Trata-se, ainda, da primeira eleição desde 2015 em que toda a oposição aceitou participar do pleito. Desde 2017, os principais partidos de oposição vinham boicotando as eleições nacionais.
A Venezuela enfrenta um bloqueio financeiro e comercial pelo menos desde 2017, quando potências como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e União Europeia passaram a não reconhecer a legitimidade do governo Maduro. O país vizinho também passou por grave crise econômica no período, com hiperinflação e perda de cerca de 75% do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país), o que resultou na migração de mais de 7 milhões de pessoas.
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Desde meados de 2021, o país vem mostrando alguma recuperação econômica. A hiperinflação foi controlada, e a economia voltou a crescer em 2022 e 2023, porém, os salários continuam baixos e os serviços públicos deteriorados.
Desde 2022, o embargo econômico vem sendo parcialmente flexibilizado e um acordo entre oposição e governo foi firmado para as eleições deste ano. Porém, denúncias de prisões de opositores nos últimos dias e recusas a assinar acordo para respeitar o resultado eleitoral por alguns candidatos da oposição, entre eles, o favorito Edmundo González, jogam dúvidas sobre o dia após a votação.
Com informações da Agência Brasil