O Ministério Público do Ceará (MPCE) solicitou à Justiça Estadual esclarecimentos sobre a retirada das tornozeleiras eletrônicas de quatro acusados de envolvimento no homicídio e esquartejamento de um vendedor de produtos de limpeza, em Fortaleza, em 2020.
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O crime ocorreu no mesmo mangue onde, dois anos antes, foram encontrados os corpos de três mulheres, no caso que ficou conhecido como ‘Mangue 937’.
O promotor de Justiça, Marcus Renan Palácio dos Santos, questionou a decisão após a Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização do Ceará (SAP) comunicar a remoção dos dispositivos de monitoramento dos réus Andrey Landim da Rocha, Antônio Marcos Costa, Francisco Claudemir da Silva Braga e Raul Seixas Lopes Moreira, com base em uma decisão judicial de novembro de 2023. A SAP informou que o monitoramento foi interrompido entre novembro de 2023 e junho de 2024, seguindo determinação da 1ª Vara do Júri de Fortaleza.
Outros dois acusados, Lucas Emanuel do Nascimento e Francisco Claudemir da Silva Braga, também tiveram o monitoramento suspenso, mas o serviço foi restabelecido em março deste ano. Um sétimo réu, Bryan Santos Barroso, foi preso em julho após romper sua tornozeleira e ficar foragido por sete meses.
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Acusados de esquartejar e enterrar corpo em mangue em Fortaleza
O vendedor de produtos de limpeza Eduardo Lima Mota, de 20 anos, foi raptado, assassinado, esquartejado e seu corpo foi jogado em um mangue, no dia 12 de novembro de 2020.
As investigações conduzidas pela Polícia Civil apontaram que o crime foi motivado pelo fato de Eduardo ter entrado no bairro Vila Velha, em Fortaleza, que é dominado pela facção criminosa Guardiões do Estado (GDE). Ele residia no bairro Parque Potira, em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), controlado pela facção rival Comando Vermelho (CV).
Após Eduardo perder o contato com familiares e amigos, seu pai registrou um Boletim de Ocorrência (BO) relatando o desaparecimento do filho. Posteriormente, a mãe de Eduardo recebeu uma mensagem avisando para ela não chorar, caso ele fosse preso ou morto.
As buscas começaram com o apoio do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE), que inicialmente encontrou uma perna humana. A partir daí, a Polícia Civil descobriu que Eduardo havia sido levado por dois criminosos para o encontro com outros comparsas, onde ele foi brutalmente torturado e esquartejado ainda com vida. As partes do corpo de Eduardo foram enterradas em um mangue localizado no bairro Vila Velha.
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