As queimadas na Amazônia em 2024 estão em um nível alarmante, com um aumento significativo em comparação aos anos anteriores. Até julho, foram registrados 20.221 focos de calor, o maior número em quase duas décadas, refletindo um aumento de 153% em relação a 2023.
O fenômeno é exacerbado pela seca severa, considerada a maior da história do Amazonas, e pelo impacto do El Niño, que intensifica as temperaturas e a vulnerabilidade da floresta.
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Os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que, apenas em julho, o estado do Amazonas contabilizou 773 focos de calor, superando a média esperada. Essa situação é preocupante, pois a temporada de queimadas na região geralmente ocorre entre junho e outubro, e os incêndios já estão se espalhando rapidamente.
Além dos impactos ambientais, as queimadas têm gerado problemas de qualidade do ar, afetando cidades em dez estados brasileiros. A combinação de desmatamento, práticas agrícolas irresponsáveis e a falta de fiscalização adequada contribui para esse cenário devastador. A necessidade de um planejamento eficaz e de ações preventivas é urgente para mitigar os danos.
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Causas das queimadas na Amazônia em 2024
As principais causas das queimadas na Amazônia em 2024 são predominantemente humanas, impulsionadas por atividades econômicas e climáticas adversas.
- Desmatamento: A abertura de áreas para agricultura e pecuária continua a ser a principal motivação. O desmatamento, muitas vezes realizado para limpar a terra, resulta em queimadas subsequentes para facilitar o uso da terra.
- Condições Climáticas: A seca severa, exacerbada pelo fenômeno El Niño, tem contribuído para a vulnerabilidade da floresta ao fogo. Em 2024, a região enfrenta uma das piores secas da história, com chuvas abaixo do esperado, aumentando os focos de incêndio.
- Práticas Ilegais: Atividades ilegais, como o garimpo e a grilagem de terras, também são responsáveis por incêndios criminosos. Esses atos ocorrem especialmente durante a estação seca, quando a fiscalização é mais difícil.
Esses fatores combinados resultaram em um aumento alarmante de queimadas, com mais de 8.969 focos registrados nos primeiros meses de 2024, um aumento de 153% em relação ao ano anterior.
Efeitos dos incêndios na biodiversidade
As queimadas na Amazônia têm efeitos devastadores sobre a biodiversidade da região. Entre os principais impactos estão:
- Perda de habitat: A destruição de áreas florestais compromete o habitat de inúmeras espécies, levando à diminuição de populações de fauna e flora. Estima-se que cerca de 95% das espécies na Amazônia tenham sido afetadas pelas queimadas entre 2001 e 2019.
- Extinção de espécies: As queimadas ameaçam diretamente espécies já em risco de extinção. Aproximadamente 85% das plantas e animais ameaçados na região são impactados pelos incêndios.
- Alterações nos ecossistemas: A queima da vegetação altera os ecossistemas locais, afetando a dinâmica de interações entre espécies e comprometendo a resiliência dos ambientes naturais.
- Emissões de gases de efeito estufa: As queimadas contribuem significativamente para as emissões de gases de efeito estufa, exacerbando as mudanças climáticas e afetando a biodiversidade global.
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