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PF investiga fraudes no sistema da Caixa Econômica; saques eram feitos até em nome de pessoa morta

Mais de 300 saques fraudulentos foram realizados de abril a junho de 2024 e mais de 200 pessoas tiveram seus dados utilizados

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29 de agosto de 2024
Portal GCMAIS

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (29) a Operação NOXIOUS (do latim “nocivo”), que investiga no Ceará fraudes no sistema interno da Caixa Econômica Federal. Conforme as apurações, saques irregulares eram feitos dentro do sistema, sem presença de clientes – em um dos casos, chegando a usar nome de uma pessoa já morta para sacar os valores.

PF investiga fraudes no sistema da Caixa Econômica; saques eram feitos até em nome de pessoa morta
Foto: Divulgação / PF

A PF aponta que os saques fraudulentos eram autorizados manualmente, utilizando as credenciais de um funcionário lotado na agência do município de Itapipoca, no interior do Ceará. Com isso, foram cumpridos nesta quinta-feira três mandados de busca e apreensão na cidade, expedidos pela Justiça Federal.

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As fraudes ocorreram nos meses de abril, maio e junho de 2024, totalizando aproximadamente R$ 300 mil em movimentações ilícitas. Mais de 300 saques foram realizados e mais de 200 pessoas tiveram seus dados utilizados.

A Polícia Federal informa ainda que imagens de videomonitoramento e atividades de campo permitiram identificar os principais suspeitos de executar as transações. Essas pessoas foram os alvos dos mandados cumpridos nesta quinta.

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Como medida cautelar, o funcionário cuja credencial foi utilizada nos saques fraudulentos foi suspenso das funções públicas por determinação judicial. Enquanto isso, as investigações continuam, a fim de esclarecer os demais detalhes do esquema criminoso e identificar outros possíveis envolvidos.

Crimes

A apuração abrange a atuação de um funcionário da agência, um prestador de serviços, e outras pessoas relacionadas a eles – todos suspeitos de estarem envolvidos nas fraudes. Os crimes em investigação incluem associação criminosa (art. 288 do CP), peculato (art. 312 do CP) e inserção de dados falsos em sistema de informações (art. 313-A do CP), sem descartar a possibilidade de serem descobertos outros crimes no decorrer da investigação.

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Há, inclusive, a suspeita de crimes de formação de organização criminosa e fraude bancária eletrônica. As penas máximas somadas para esses crimes podem ultrapassar 25 anos de prisão.

Atuação

A Operação NOXIOUS é fruto de uma ação conjunta entre a Polícia Federal e a Centralizadora Nacional de Segurança e Prevenção à Fraude da Caixa Econômica Federal, que desempenhou o papel de identificar movimentações suspeitas e comunicou às autoridades competentes.

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A operação é resultado de uma investigação que teve início após a análise de relatos encaminhados pela Centralizadora Nacional de Segurança e Prevenção à Fraude da Caixa Econômica Federal (CEFRA).

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