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Lula orienta que governo não terá candidato para presidente da Câmara, diz líder Guimarães

Lula orienta que governo não terá candidato para presidente da Câmara, diz líder Guimarães

Foto: Reprodução

O deputado federal José Guimarães (PT), líder do governo na Câmara dos Deputados, comunicou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma reunião na última semana determinando que o governo não tem candidato para presidente da Câmara. A declaração foi dada na manhã desta terça-feira (3), em entrevista exclusiva aos jornalistas Katiúzia Rios e Miguel Anderson Costa, no programa Balanço Geral Ceará Manhã, da TV Cidade Fortaleza.

“Lula disse o seguinte. Já avisou ao líder Guimarães e ao ministro [das Relações Institucionais Alexandre] Padilha que ele não tem candidato a presidente. Quem for eleito, ele no outro dia chama pra tomar café, porque esse é o padrão do Lula. E segundo, para não se envolver, mas eu me envolvo nos bastidores. Estou articulando direto”, disse o parlamentar, na ocasião.

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Os deputados se organizam em torno das articulações para a eleição na Câmara, em que será definido o nome do sucessor do atual presidente, Arthur Lira (PP-AL). Guimarães comenta que estão postos, atualmente, três nomes principais, mas desconfia que o eleito pode ser alguém que ainda não está nas discussões.

“É o [Antonio] Brito, do PSD; o Elmar Nascimento, do União Brasil; e o Marcos Pereira, do Republicanos. Pode surgir outro também. Tem um movimento lá, justiça seja feita, ele [Arthur Lira] nunca me disse que o candidato é o Elmar. Percebe-se que teria tendência pro Elmar Nascimento, mas nunca disse isso claramente pra gente. E tem outros dois”, diz ele.

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“Eu apostaria que pode dar um outro nome”, continua. “Porque essa semana ouvi falar muito no nome do Hugo Motta, do Republicanos, mas depende do Marcos Pereira. Tem o Doutor Luizinho, que é médico e deputado do Rio de Janeiro… Tanto é assim que ele [Lira] tinha marcado pra anunciar isso na sexta e hoje já é terça. Eu não fui pra Brasília ontem, tô informado que adiou mais. Então tem que ter muito diálogo. É assim: o governo não elege, porque não tem força pra eleger, mas pode derrotar também.”

Ele ressalta ainda que o governo trabalha com a negociação de três pontos principais para acertar com o próximo presidente, independente de quem for eleito. O primeiro é manter um compromisso com a institucionalidade democrática, “não ter ameaça de golpe ou coisa parecida de impeachment, respeitar a democracia”; o segundo diz respeito às pautas do governo, sobretudo na área econômica; e o terceiro é “não pautar matérias exóticas, digamos assim”, em alusão às chamadas pautas-bomba.

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