A denúncia contra o ministro de Lula provém da organização Me Too Brasil, que luta contra o abuso de mulheres
PF vai investigar denúncia de assédio contra o ministro Silvio Almeida
A Polícia Federal (PF) vai investigar a denúncia de assédio sexual contra o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. Segundo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, o inquérito deve ser instaurado ainda nesta sexta-feira, 6, em “iniciativa própria” da corporação. “Ainda não recebemos representação”, afirmou Rodrigues em entrevista à GloboNews.
A denúncia contra o ministro de Lula provém da organização Me Too Brasil, que luta contra o abuso de mulheres. A entidade divulgou um comunicado nesta quinta-feira, 5, confirmando o teor de uma reportagem divulgada pelo site Metrópoles sobre as acusações de assédio moral e sexual.
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Almeida negou “com absoluta veemência” as acusações, qualificando-as como “mentiras e falsidades”. Apesar de confirmar a existência da acusação, a ONG não divulgou o nome das denunciantes para proteção pessoal das mulheres. Segundo o Metrópoles, uma das vítimas de assédio foi Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial. A integrante do primeiro escalação do governo federal foi procurada e não se manifestou.
Governo Lula convoca Silvio Almeida para se explicar e admite ‘gravidade das denúncias’
O governo do presidente Luiz Inácio Lula Silva divulgou nota nesta quinta-feira, 5, informando que o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, foi chamado a dar explicações sobre denúncias de que teria praticado assédio. A nota da Secretaria de Comunicação da Presidência da República afirma que Almeida foi convocado ainda na noite de quinta para prestar esclarecimentos ao ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU), Vinicius de Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias.
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Na nota, a Secom sustenta que o próprio Silvio Almeida disse que irá encaminhar ofício à CGU e ao Ministério Público pedindo esclarecimento do caso. A Comissão de Ética da Presidência da República também decidiu abrir apuração. “O governo federal reconhece a gravidade das denúncias. O caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”, diz a nota.
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