FORTALEZA

Dois meses após lutador matar idoso em condomínio, familiares relatam medo de o acusado ser solto

A preocupação se dá por causa do pedido, feito pela defesa do acusado, de que ele responda pelo crime em liberdade

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9 de setembro de 2024
Portal GCMAIS

Dois meses após Getônio Rodrigues Bastos – idoso de 91 anos mais conhecido como senhor Bidu – ter sido assassinado em um condomínio de Fortaleza, os familiares da vítima dizem ter medo de uma possível soltura do acusado de cometer o crime. O lutador de jiu-jitsu Lucas Amorim Magalhães, suspeito de ter atacado várias pessoas no local usando um abridor de coco, hoje está preso preventivamente.

Dois meses após lutador matar idoso em condomínio, familiares relatam medo de o acusado ser solto
Foto: Reprodução

A defesa do homem, no entanto, alega insanidade mental, aguardando o laudo da perícia. A depender do resultado, o homem poderá ser considerado inimputável, ou seja, alguém que não pode responder criminalmente, devendo em vez disso receber atendimento psiquiátrico.

“Nós temos os nossos receios, nossos medos, né? O que a gente mais quer é que ele fique na prisão, que ele vá em frente a um tribunal de júri e que isso não fique impune, que a morte do meu avô não seja em vão”, diz Danielle Bastos, neta da vítima, ao falar com a equipe de reportagem da TV Cidade Fortaleza. “Todo dia na cabeça da gente aquilo, as imagens da crueldade, dos atos de crueldade, então é aquilo que persegue a gente dia e noite, o pensamento no sofrimento do meu avô, nas dores que ele sentiu. Porque foi uma violência, foi ato de muita crueldade.”

Daniel Bastos, outro dos netos, relembra qualidades de senhor Bidu. “Ele era um ser de paz, sabe, uma pessoa muito tranquila, gostava de conversar. A conversa dele era agradável, né? As pessoas muitas vezes vinham aqui só para conversar com ele. Moradores do prédio às vezes desciam, ficavam batendo papo aqui com ele. Ele sempre foi uma pessoa muito amável, sabe? Muito querida por todos, muito tranquilo, muito sensato nas coisas que ele falava, pela experiência de vida que ele tinha.”

Os familiares informam ainda que era costume do idoso, principalmente no horário da tarde, ficar sentado na área de convivência do condomínio, observando o movimento do prédio. Esse momento de tranquilidade, no entanto, foi perturbado por um ataque inesperado.

 

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O crime

O crime ocorreu em 6 de julho deste ano. Conforme a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), o incidente começou quando a mãe do acusado tentou fugir do condomínio. Ao se aproximar da portaria com um furador de coco, Lucas Amorim Magalhães agrediu uma moradora de 75 anos, que perdeu a consciência.

Em seguida, ele atacou o porteiro, que se protegeu trancando-se na guarita. Posteriormente, o zelador do condomínio foi agredido com golpes no peito e próximo ao coração. Quando o funcionário foi derrubado, Lucas agrediu Getônio Rodrigues Bastos, de 91 anos, que estava sentado nas proximidades, levando-o à morte. Ao ouvir pedidos de socorro, um vizinho tentou intervir, mas também foi atacado.

Ainda segundo o MPCE, Lucas tentou deixar o condomínio, mas encontrou outro morador, contra quem também desferiu golpes. Os moradores acionaram a polícia, que foi informada de que o agressor continuava atacando pessoas nas proximidades de um supermercado. Ao receber a ordem para soltar o furador de coco, Lucas investiu contra um policial, que disparou contra ele, atingindo-o na perna.

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