O número de apreensões de drogas nas estradas federais que cortam o Ceará cresceu mais de 65% desde o ano passado. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a fiscalização foi intensificada, especialmente durante abordagens que envolvem mulheres e crianças.
A fiscalização é reforçada principalmente em feriados prolongados e em dias de maior movimento nas rodovias interestaduais. Para enfrentar o tráfico de drogas, a PRF realiza abordagens com o auxílio de agentes e cães farejadores. “O aumento no número de apreensões está relacionado ao reforço da capacitação dos nossos agentes e ao aumento no efetivo nas rodovias federais”, destacou Werisleik Queiroz, policial rodoviário federal. “Estamos percebendo um crescimento significativo, especialmente nas abordagens a ônibus interestaduais.”
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Em 2023, foram apreendidos 801 kg de drogas em todo o estado. Neste ano, até o momento, o total de apreensões alcançou 2.305 lg, englobando cocaína, crack, maconha e skunk, marcando um aumento de 65,2%. As organizações criminosas têm tentado burlar a fiscalização, mas a PRF continua se adaptando e buscando novas formas de combate ao tráfico.
Recentemente, uma operação na BR-222 resultou na apreensão de 20 kg de pasta base de cocaína com duas mulheres acompanhadas de um bebê de três meses. Parte da droga estava escondida na mesma bolsa que continha itens do bebê, como mamadeira e roupas.
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Quando as apreensões envolvem crianças, a situação é tratada de maneira diferenciada. Após a apreensão, o Conselho Tutelar de cada município assume a responsabilidade de garantir os direitos básicos das crianças envolvidas e de promover sua reintegração à família e à sociedade. “Se a criança estiver em situação de vulnerabilidade total e não tiver uma família ampliada ou extensiva para acolhê-la, ela será encaminhada para um acolhimento institucional”, afirmou o conselheiro tutelar Rubens Sá.
Em 2023, o Conselho Tutelar atendeu 27.087 casos em todo o estado, com 3.729 atendimentos apenas em Fortaleza. “É dever do Estado, da sociedade e da comunidade garantir os direitos fundamentais da criança e do adolescente, incluindo saúde, educação, e lazer”, concluiu o conselheiro.
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