As obras de duplicação do Anel Viário, um dos principais corredores para o escoamento de produção e mercadorias da região metropolitana de Fortaleza, seguem paradas, e os motoristas estão cada vez mais céticos quanto à promessa de conclusão para 2025. Iniciadas em 2010, as intervenções já enfrentaram diversas paralisações, e, apesar do recente anúncio de retomada feito pelo governo estadual no último dia 23 de agosto, não há qualquer movimentação no local. A falta de máquinas e operários deixa evidente a inércia dos serviços.
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O impacto para quem trafega diariamente pelos 32 quilômetros do trecho é significativo. Ciclovias e retornos estão inacabados, viadutos permanecem com alças de acesso incompletas, e acostamentos sem estrutura continuam a representar um risco constante para os motoristas.
Em Maracanaú, por exemplo, um viaduto com terra batida é utilizado mesmo sem as condições mínimas de segurança. “Tem que passar com o maior cuidado, ainda mais porque não tem sinalização. Às vezes eu passo aqui cinco horas da manhã. É perigoso uma alça dessa, desse jeito”, relata um motorista.
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Motoristas reclamam da demora na conclusão das obras do Anel Viário
A Superintendência de Obras Públicas (SOP) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DENIT), responsáveis pela obra, estimam que os trabalhos demandarão um investimento de R$ 100 milhões, com 80% dos recursos provenientes da União e 20% do Governo do Estado.
A SOP informou que a empresa responsável já iniciou o plano de serviços, incluindo topografia e sinalização, além da locação de terrenos para o canteiro de obras. Segundo a previsão, a movimentação no local deve começar em 23 de setembro. “Se tivesse essa obra concluída, era outra coisa. Muito melhor as coisas”, comenta outro condutor, demonstrando o sentimento comum entre os que dependem da via.
Apesar do otimismo cauteloso, os usuários do Anel Viário continuam desacreditados após anos de promessas não cumpridas. “Começa, para e acabou. Fica desse jeito mesmo. Rapaz, muito difícil tudo”, resume um motorista, expressando o cansaço diante da incerteza que ronda a conclusão da obra.
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