DIABETES

Pesquisadores da UFC desenvolvem tecido terapêutico para tratar pé diabético

O tecido, que pode ser moldado em forma de meias, libera um fármaco à base de óxido nítrico, substância com propriedades anti-inflamatórias, antimicrobianas e analgésicas, eficazes no tratamento de feridas e úlceras diabéticas

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16 de setembro de 2024
Portal GCMAIS

Pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) criaram um tecido terapêutico com potencial para tratar o pé diabético, uma das complicações mais comuns da diabetes. O tecido, que pode ser moldado em forma de meias, libera um fármaco à base de óxido nítrico, substância com propriedades anti-inflamatórias, antimicrobianas e analgésicas, eficazes no tratamento de feridas e úlceras diabéticas.

Pesquisadores da UFC desenvolvem tecido terapêutico para tratar pé diabético
Foto: Ribamar Neto/UFC

A inovação, denominada “tecido contendo liberador de óxido nítrico”, foi desenvolvida por equipes dos departamentos de Química Orgânica e Inorgânica, Química Analítica e Físico-Química da UFC. Em abril de 2024, a tecnologia recebeu a carta-patente do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

O novo tecido utiliza nitroprussiato, um composto que libera óxido nítrico por até 12 dias ao entrar em contato com a pele. “O óxido nítrico é liberado lentamente, promovendo o tratamento de forma controlada”, explica Pedro Martins da Silva Filho, um dos autores da pesquisa.

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Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, cerca de 13 milhões de brasileiros convivem com o pé diabético, que pode causar formigamento, dor, perda de sensibilidade e, em casos graves, amputação. Aproximadamente 85% das amputações relacionadas à diabetes começam com lesões nos pés.

O desenvolvimento desta tecnologia representa uma alternativa mais barata e eficaz em relação aos tratamentos existentes, como emplastros e géis tópicos. Além de ajudar no tratamento de úlceras diabéticas, o tecido pode ser moldado para tratar outras neuropatias periféricas, que afetam extremidades como mãos e pés, podendo também ser adaptado em luvas ou ataduras.

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A tecnologia já foi aprovada pelo Edital Centelha, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), para novos testes. Pedro Martins destacou que o tecido tem potencial para ser utilizado no tratamento de outras doenças, como o câncer de pele e feridas crônicas. No entanto, a equipe ainda precisa realizar testes pré-clínicos e clínicos para confirmar sua eficácia em diferentes aplicações.

“O mercado carece de produtos que liberam óxido nítrico. Nossa expectativa é que, no futuro, este tecido possa ser uma ferramenta valiosa não apenas no tratamento do pé diabético, mas também em outras áreas da medicina”, concluiu o pesquisador.

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