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Doador e receptor de medula óssea podem se conhecer 18 meses após doação

Doador e receptor de medula óssea podem se conhecer 18 meses após doação

Foto: Reprodução

A campanha de doação de órgãos “Maria Sofia, uma corrente de amor, esperança e vida” continua a emocionar e conscientizar sobre a importância desse gesto de solidariedade. Embora a legislação brasileira não permita que doadores conheçam os receptores, no caso de doação de medula óssea, essa barreira pode ser quebrada após 18 meses, quando doador e receptor podem se conhecer.

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Foi exatamente o que aconteceu com Geovânia, uma doadora de medula óssea cadastrada no Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). Há três anos, ela doou sua medula para uma criança de Salvador, e teve a oportunidade de conhecê-la pessoalmente. Para Geovânia, a experiência foi indescritível:

“É um sentimento sem explicação. Acho que nunca vou passar por algo igual. No momento da doação, eu não sabia quem era, mas depois conhecer essa criança foi algo único. Se mais pessoas sentissem isso, o mundo seria muito melhor.”

No Brasil, após 18 meses do transplante, tanto o doador quanto o paciente podem solicitar a revelação de suas identidades ao Redome. Se ambas as partes concordarem, o encontro é viabilizado por meio de um termo de confidencialidade. Porém, quando a doação envolve pacientes internacionais, nem todos os países permitem o contato entre doador e receptor — alguns restringem a troca de informações a mensagens.

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O Ceará tem sido um estado ativo nesse tipo de solidariedade, realizando mais de 850 transplantes de medula óssea ao longo dos últimos 16 anos. Entretanto, as chances de encontrar um doador compatível para quem não possui parentesco são baixas: 1 em 100 mil. Por isso, o cadastro de novos doadores é crucial para aumentar as chances de salvar vidas.

“Precisamos de mais pessoas cadastradas no Redome para ter uma maior possibilidade de encontrar doadores compatíveis”, enfatizam os especialistas.

A doação de órgãos e medula ainda enfrenta resistência de muitas pessoas, o que reforça a necessidade de campanhas contínuas de conscientização. Um exemplo de mobilização em prol da vida é a campanha “Maria Sofia”, lançada em março pelo Grupo Cidade de Comunicação. A iniciativa leva o nome da influenciadora digital Maria Sofia, filha da empresária Gaída Dias, que recebeu um transplante de fígado e, após sua partida, teve quatro de seus órgãos doados conforme seu desejo.

A campanha tem o objetivo de conscientizar sobre a importância da doação de órgãos, destacando histórias como a de Geovânia e muitas outras que mostram que um simples gesto pode transformar e salvar vidas.

Como se cadastrar para doar medula óssea?

Se você deseja ser um doador de medula óssea, basta procurar o hemocentro mais próximo e realizar o cadastro no Redome. Quanto mais pessoas cadastradas, maior a chance de salvar vidas.

Leia também | Campanha Maria Sofia: saiba como registrar a vontade de ser doador de órgãos junto à família e salvar vidas

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