ATO DE AMOR

Ceará registra 2,8 mil doadores de medula óssea no primeiro semestre de 2024

Esse avanço coloca o estado em destaque na contribuição para o aumento do número de doadores no Brasil.

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25 de setembro de 2024
Portal GCMAIS

O Ceará teve um crescimento significativo no número de doadores de medula óssea registrados no primeiro semestre de 2024. Foram 2.895 novos cadastros no Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), um aumento expressivo em comparação aos 1.905 cadastros realizados no mesmo período do ano anterior. Esse avanço coloca o estado em destaque na contribuição para o aumento do número de doadores no Brasil.

Ceará registra 2,8 mil doadores de medula óssea no primeiro semestre de 2024
Foto: Governo do Ceará

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Em âmbito nacional, o Redome registrou 74.677 novos doadores voluntários nos primeiros seis meses deste ano, um aumento de mais de 16 mil pessoas em relação ao ano anterior. Em 2023, o total de cadastros no mesmo período foi de 58.308. Além disso, até junho de 2024, foram realizados 224 transplantes de medula óssea para pacientes brasileiros e 46 para pacientes internacionais. O número de transplantes realizados com doadores não-aparentados no Brasil em 2023 chegou a 369, e 100 produtos de doadores brasileiros foram enviados para o exterior.

O Dia Mundial do Doador de Medula Óssea, celebrado no último sábado (21), trouxe à tona a importância do registro como doador e o impacto que esse gesto pode ter na vida dos pacientes. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), muitos pacientes dependem de doadores não-aparentados, pois a chance de compatibilidade entre irmãos é de apenas 25%. Quando o doador e o paciente são do mesmo país, a probabilidade de encontrar uma correspondência compatível é maior, o que reforça a importância dos cadastros no Redome.

Ceará registra 2,8 mil doadores de medula óssea no primeiro semestre de 2024

Para a ministra da Saúde, Nísia Trindade, a doação de medula óssea é um ato de solidariedade que pode salvar vidas. “Ao fortalecer o cadastro de doadores, o SUS amplia suas possibilidades de oferecer um tratamento eficaz e gratuito a quem precisa, garantindo acesso à saúde de qualidade para todos. A colaboração da população nesse processo é essencial, pois cada doador registrado pode ser a cura para muitos, contribuindo para a equidade no acesso aos cuidados de saúde no país”, afirmou.

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Arthur Colares, de 21 anos, morador de Teófilo Otoni (MG), é um exemplo de como a doação de medula óssea pode ser rápida e eficaz. Cadastrado no Redome em abril de 2023, ele foi chamado apenas quatro meses depois para realizar a doação. “A primeira etapa foi uma coleta de sangue no Hemocentro de Belo Horizonte e a segunda em Florianópolis. Dias depois, retornei à Santa Catarina para realizar a doação via cateter. Foi tudo muito rápido”, contou o estudante de Direito.

Arthur destaca a importância de estar preparado para doar e afirma que campanhas de conscientização são essenciais: “Poder doar é sobre estar dentro dos requisitos e não sobre a rotina diária de trabalho ou estudos. As campanhas conscientizam a população sobre a importância dessa doação e sempre trazem novos voluntários para o cadastro”.

O Redome é o terceiro maior registro de doadores de medula óssea do mundo, com mais de 5,7 milhões de pessoas cadastradas ao longo de 30 anos. Atualmente, de 65% a 70% dos pacientes que realizam transplante de medula óssea não-aparentado no Brasil utilizam doações de brasileiros, o que comprova a eficácia e o alcance do sistema.

Danielle Oliveira, chefe do Redome, ressalta a importância do Dia Mundial do Doador de Medula Óssea como uma data para celebrar essa grande rede de solidariedade. “Além do Redome, toda a rede trabalha pela consolidação desta importante política pública em nosso país. Ao longo de mais de 30 anos, o registro brasileiro tornou-se reconhecido por sua diversidade, graças à participação de doadores das diferentes regiões do Brasil”, declarou.

Como se tornar um doador

Para se cadastrar como doador de medula óssea, é necessário ter entre 18 e 35 anos, estar em boas condições de saúde e não possuir doenças infecciosas ou hematológicas. O primeiro passo é procurar um hemocentro, onde será coletada uma amostra de sangue para a análise de compatibilidade. Caso seja identificado como compatível com um paciente, o doador será contatado para realizar novos exames e, posteriormente, a doação.

O cadastro no Redome é simples, mas pode significar a diferença entre a vida e a morte para milhares de pessoas que aguardam um transplante. Ser um doador voluntário é um ato de generosidade que pode transformar vidas e trazer esperança para muitas famílias.

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