Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se prepara para reunir os 27 governadores, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) para “construir um grande pacto nacional contra o crime”. A declaração foi dada na manhã desta quarta-feira (25), em entrevista exclusiva aos jornalistas Katiúzia Rios e Miguel Anderson Costa, no programa Balanço Geral Ceará Manhã, da TV Cidade Fortaleza.
Camilo conta que essa convocação deve acontecer logo após as eleições municipais. “É preciso mudar as leis, endurecer as leis em relação ao Código Penal. Não podemos admitir que um criminoso tire a vida de alguém e no outro dia seja solto”, disse Camilo, durante a entrevista. As ações propostas devem abarcar não apenas o endurecimento da legislação, mas também outras medidas de enfrentamento coordenado, a nível nacional, contra o crime organizado no Brasil.
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“Eu testemunhei isso. Levamos dois anos para identificar um chefe de facção, foi preso, em uma semana estava solto. Isso não existe. Lembro de um criminoso que matou cinco, o quinto foi um delegado da Polícia Civil”, diz ele, citando casos em que criminosos acabavam tendo liberdade, mesmo após capturas por parte da polícia. Camilo destaca, com isso, a necessidade de endurecer as leis. “O Congresso que faz isso, o estado não pode fazer isso.”
Na ocasião, Camilo criticava, de modo abrangente, candidatos que adotam “discurso fácil” na área da segurança durante o período eleitoral. “A responsabilidade da segurança sempre foi dos estados, [mas] prefeito precisa fazer sua parte, iluminar bem sua rua, tirar lixo da rua, precisa ocupar o espaço melhor da cidade, acabar com áreas vulneráveis, ajudar a construir escolas, usar a Guarda Municipal integrada com a polícia, pra fazer um trabalho de inteligência… Prefeitos têm a obrigação, principalmente nas capitais, de um trabalho integrado com governo estadual e federal”, disse ele.
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