Fortaleza registrou redução de 2,31% no preço médio dos alimentos da cesta básica no mês de setembro de 2024, em comparação com o mês imediatamente anterior, agosto. Com isso, o valor da cesta, para setembro, ficou em R$ 615,92. O gasto com alimentação de uma família padrão (dois adultos e duas crianças) foi de R$ 1.847,76, no período. Os dados são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
A deflação foi influenciada pela queda no preço de seis produtos, com destaque para o tomate (-21,76%), a banana (-6,28%) e a farinha (-2,88%). Os produtos que registraram aumento nos preços, por outro lado, foram: o óleo (3,04%), a carne (2,38%), o café (2,27%).
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Levando em conta o salário mínimo líquido, o trabalhador fortalezense remunerado pelo piso nacional comprometeu, em setembro de 2024, uma parcela 47,16% (quase metade) do salário para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta.
Semestral e anual
Observando as variações semestral e anual da cesta básica em Fortaleza, verifica-se que elas foram de -7,13% e -3,83%, respectivamente. Isso significa que a alimentação básica em setembro de 2024 (R$ 615,92) está mais barata do que em março de 2024 (R$ 663,22) e mais barata do que em setembro de 2023 (R$ 640,48).
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No semestre, dos produtos que compõem a cesta básica, os itens que sofreram as maiores reduções no preço foram o tomate (-51,07%), o feijão (-19,29%) e a farinha (- 14,48%). Sete itens apresentaram elevações nos preços, com destaque para o café (30,63%), o leite (6,12%) e a carne (5,15%).
Na série de 12 meses, dos produtos que compõem a Cesta Básica, os itens que apresentaram reduções no preço foram o tomate (-51,82%), a farinha (-18,49%) e o feijão (-2,35%). Já os itens que apresentaram as maiores elevações foram o café (38,24%), o arroz (25,13%) e a banana (10,57%).
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Brasil
Entre agosto e setembro de 2024, as maiores altas ocorreram em Porto Alegre (2,07%), Florianópolis (1,59%), Rio de Janeiro (1,56%), Vitória (1,56%) e Brasília (1,39%). As principais reduções foram registradas em Belém (-2,58%), Fortaleza (-2,31%) e Aracaju (-1,98%).
São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 792,47), seguida por Florianópolis (R$ 768,33), Rio de Janeiro (R$ 757,30) e Porto Alegre (R$ 756,17). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram verificados em Aracaju (R$ 506,19), Recife (R$ 535,32) e João Pessoa (R$ 552,35).
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Salário mínimo necessário
Com base na cesta mais cara – que em setembro foi a de São Paulo – e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.
Em setembro de 2024, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.657,55 ou 4,71 vezes o mínimo de R$ 1.412,00.