As eleições municipais de 2024 no Ceará marcaram a história do Estado com a eleição das primeiras vereadoras trans, em Sobral e Paramoti. As candidatas eleitas não só romperam barreiras em suas cidades, mas também representam um avanço significativo para a representatividade LGBTQIA+ no cenário político cearense.
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Em Sobral, cidade localizada a 233,78 km de Fortaleza, Pâmela Nara, de 32 anos, tornou-se a primeira trans vereadora eleita no município e no Estado. Filiada ao Podemos, Pâmela conquistou 1.247 votos, assegurando uma cadeira na Câmara Municipal. Sua eleição marca também uma nova era política para Sobral, que, após 28 anos, viu uma mudança significativa na hegemonia de um grupo político tradicional.
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Durante a campanha, Pâmela se comprometeu a liderar a luta e defesa das minorias, caso fosse eleita. Após a apuração dos votos, a agora vereadora comemorou sua vitória nas redes sociais e destacou sua trajetória acadêmica, sendo pós-graduada em Gestão Escolar e em Diversidade, Gênero e Inclusão. Em vídeos compartilhados com seus seguidores, Pâmela celebrou com apoiadores e entoou o coro: “Eita, eita, teve travesti eleita”.
Em Paramoti, a 102 km da capital, outra conquista histórica: Edy Lopes, de 47 anos, também foi eleita como vereadora. Candidata pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Edy recebeu 413 votos, garantindo sua presença na Câmara Municipal. Edy contou com o apoio da deputada federal Luizianne Lins (PT), que ressaltou sua experiência como gestora na saúde pública e sua luta em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), dos direitos LGBTQIA+ e da causa animal.
As vitórias de Pâmela Nara e Edy Lopes representam não apenas uma conquista pessoal, mas também um avanço significativo para a visibilidade e a inclusão de pessoas trans na política cearense. Em um Estado onde o cenário político ainda é fortemente dominado por grupos tradicionais, as eleições de Pâmela e Edy abrem caminho para novas vozes e demandas sociais serem ouvidas nas esferas de poder.
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