Em entrevista ao podcast Eleições na Cidade, nesta sexta-feira (11), o cientista político Waldejares Oliveira afirmou que o candidato à Prefeitura de Fortaleza, André Fernandes (PL) deve utilizar a imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro na campanha de segundo turno para garantir a vitória no Paço Municipal. o primeiro turno, Fernandes se posicionou como uma figura independente, evitando vincular-se totalmente ao ex-presidente. Agora, com a disputa acirrada contra Evandro Leitão (PT), a chegada de Bolsonaro pode ser a chave para consolidar a base bolsonarista e garantir a vitória.
Segundo informações de bastidores, Bolsonaro deve participar de eventos importantes, como uma motociata em apoio a Fernandes. Para o analista político, essa participação pode reforçar o apoio entre eleitores conservadores que se identificam com o ex-presidente, ao mesmo tempo em que apresenta riscos. “A presença de Bolsonaro será um divisor de águas. Por um lado, fortalece a base bolsonarista. Por outro, pode afastar eleitores mais moderados que não aprovam”, explica o especialista Waldejares Oliveira.
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Durante o primeiro turno, Fernandes adotou uma postura cuidadosa, evitando uma associação direta com Bolsonaro. Sua estratégia foi focar em temas locais e apresentar-se como uma renovação política, conquistando 40% dos votos. A decisão de manter certa independência, mesmo com o apoio indireto de Bolsonaro, ajudou Fernandes a atrair uma gama diversa de eleitores, especialmente entre os mais jovens.
“A estratégia de Fernandes foi inteligente. Ele conseguiu aparecer como um candidato com vida própria, sem depender exclusivamente da figura de Bolsonaro. Isso deu força à sua imagem de renovação, especialmente entre aqueles que buscam uma nova direita, mas sem o peso total do bolsonarismo”, observa Oliveira.
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Agora, no segundo turno, a presença de Bolsonaro ao lado de André Fernandes é vista como uma jogada decisiva. A base bolsonarista é forte e fiel, e Bolsonaro pode ser a figura que faltava para mobilizar ainda mais esses eleitores, especialmente aqueles que não compareceram no primeiro turno. No entanto, há um risco associado a essa estratégia. Para Waldejares, a aliança com Bolsonaro pode ter um efeito negativo entre os eleitores indecisos ou moderados, que rejeitam o radicalismo associado ao ex-presidente.
“Trazer Bolsonaro de volta ao centro da campanha pode ser uma faca de dois gumes. Se, por um lado, ele solidifica o apoio da direita conservadora, por outro, pode espantar eleitores que estão mais ao centro ou que têm uma visão crítica do bolsonarismo. É um cálculo que a equipe de Fernandes precisará fazer com cuidado”, conclui Oliveira.
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