O retorno do horário de verão no Brasil em 2024 é um tema que tem gerado discussões intensas e expectativas entre a população e o governo. Desde a sua suspensão em 2019, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, a prática que consiste em adiantar os relógios em uma hora para aproveitar melhor a luz do dia e reduzir o consumo de energia elétrica não foi mais adotada. No entanto, a situação energética do país e o contexto climático atual têm levado à reavaliação dessa medida.
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Contexto histórico do horário de verão
O horário de verão foi implementado pela primeira vez no Brasil em 1931, visando otimizar o uso da energia elétrica. A medida tornou-se uma prática fixa em 2008, mas foi abolida em 2019 após uma análise que indicava que sua eficácia havia diminuído devido às mudanças nos padrões de consumo de energia da população. O governo Bolsonaro argumentou que a mudança não trazia mais os benefícios esperados, levando à decisão de não adotar mais essa prática.
Recentemente, com a chegada da temporada chuvosa e a preocupação com a crise hídrica, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou a considerar o retorno do horário de verão. O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendaram a reintrodução da medida como uma forma de mitigar o consumo excessivo de energia durante os picos de demanda.
Estudos indicam que o horário de verão poderia proporcionar uma redução de até 2,9% na demanda máxima noturna, além de gerar uma economia estimada em R$ 400 milhões
Decisão do Governo
A decisão final sobre a reintrodução do horário de verão deve ser anunciada pelo Ministério de Minas e Energia. O ministro Alexandre Silveira destacou que qualquer movimento nesse sentido dependerá da avaliação das condições climáticas e energéticas do país. Ele também mencionou que a janela mais eficaz para implementar o horário de verão seria entre 15 de outubro e 30 de novembro, período crítico para o consumo energético.
Entretanto, há resistência dentro do governo e entre setores da economia. Companhias aéreas e outras indústrias expressaram preocupações sobre os custos associados à mudança repentina nos horários, especialmente considerando que muitos serviços já foram programados sem levar em conta um possível adiantar dos relógios.
A expectativa é que o governo tome uma decisão definitiva sobre o assunto nesta quarta-feira, 16 de outubro de 2024, se vai adotar e quando começa o horário de verão em 2024. Até lá, muitos cidadãos permanecem ansiosos para saber se voltarão a ajustar seus relógios no primeiro domingo de novembro, como era tradicionalmente feito. Se o horário de verão for reintroduzido em 2024, ele começará no primeiro domingo de novembro, especificamente no dia 3 de novembro, às 00h. Essa informação é baseada nas normas anteriores que regem a prática, conforme estabelecido pelo Decreto nº 6.558 de 2008.
Opinião pública
A opinião pública sobre o horário de verão também é polarizada. Enquanto alguns defendem sua volta como uma maneira eficaz de economizar energia e aproveitar melhor as horas de luz natural, outros argumentam que os benefícios são superados pelos inconvenientes causados pela mudança nos horários. Pesquisas recentes indicam que o apoio ao horário de verão está em níveis historicamente baixos.
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Regiões que teriam horário de verão em 2024
Abaixo estão os principais locais e regiões que tradicionalmente adotavam o horário de verão e as considerações sobre a possível reintrodução do horário de verão em 2024
1. Sudeste
Historicamente, a região Sudeste, que inclui estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, é uma das mais afetadas pelo horário de verão. A medida é considerada benéfica para reduzir a demanda energética durante os meses mais quentes.
2. Centro-Oeste
O Centro-Oeste, composto por estados como Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, também se beneficiaria do horário de verão. A prática ajudaria a otimizar o uso da luz solar, especialmente em áreas rurais onde a atividade agrícola é intensa.
3. Sul
Os estados do Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) têm adotado o horário de verão devido ao seu impacto positivo na economia local e na segurança pública, já que as noites mais longas podem reduzir a criminalidade.
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