A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas da Praia do Futuro, em Fortaleza, registrou um crescimento expressivo na demanda por atendimentos relacionados a acidentes com caravelas nos últimos dois meses. Devido à temporada de ventos fortes, comum no segundo semestre, o número de casos aumentou pelo menos dez vezes em comparação aos primeiros meses do ano.
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Entre janeiro e junho, eram cerca de três atendimentos mensais. Em julho, esse número saltou para 29, e em setembro, para 39. O balanço de outubro ainda não foi fechado.
A reprodução das caravelas geralmente ocorre no outono, de 20 de março a 20 de junho. Entretanto, os ventos intensos que atingem o Ceará entre agosto e outubro acabam por transportar esses animais até as praias, causando acidentes com banhistas. Na Praia do Futuro, predomina a espécie conhecida como caravela portuguesa, que se destaca pelas suas cores vibrantes, variando entre o azul e o violeta.
Segundo Ismênia Marques, coordenadora de Enfermagem da UPA Praia do Futuro, em períodos de menor atividade reprodutiva, o número de atendimentos pode chegar a cinco por mês. No entanto, durante o pico atual, a unidade já atendeu até 50 casos em um único mês. “Como o período de pico vai até outubro, estamos nos preparando para receber mais banhistas feridos pelas caravelas”, afirmou Ismênia.
A Praia do Futuro, por ser uma das mais movimentadas de Fortaleza, apresenta um maior risco de acidentes com caravelas. Além disso, a UPA Praia do Futuro é a unidade de saúde mais próxima da área, o que facilita o atendimento às vítimas.
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Quando é necessário procurar ajuda médica?
De acordo com a médica Liana Galvão, as principais reações causadas pelas caravelas incluem dor intensa, sensação de queimadura e vermelhidão. “Não se deve usar água doce ou areia no local afetado. O ideal é aplicar vinagre branco, que neutraliza as toxinas”, orienta Liana. Em casos mais graves, como crises alérgicas ou dificuldades respiratórias, é necessário procurar atendimento médico imediato, já que as toxinas podem desencadear problemas sérios, como parada cardíaca.
O Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE) também alerta sobre cuidados preventivos. “Banhistas devem procurar áreas monitoradas por guarda-vidas e sempre se informar sobre a presença de águas-vivas e caravelas”, explicou o capitão Rodrigo Monteiro Carneiro. Evitar entrar no mar sozinho, à noite ou tocar nos animais, mesmo que estejam mortos, são algumas das orientações essenciais para evitar acidentes.
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