Na tarde desta quarta-feira (16), criminosos saquearam o mercadinho de um comerciante que foi morto dias antes no bairro Pirambu, em Fortaleza. Pedro Feijó de Albuquerque, de 62 anos, mais conhecido como Pedro Serrano foi morto na última sexta-feira (11), após se recusar a cumprir uma ordem de fechamento de seu estabelecimento imposta por facções criminosas, teve o restante de seu patrimônio atacado mais uma vez.
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O incidente ocorreu enquanto familiares de Pedro realizavam a doação de mercadorias do seu mercadinho, que estavam próximas do prazo de validade. Sem qualquer aviso, criminosos invadiram o depósito onde os produtos estavam armazenados e começaram a saquear o local. Não satisfeitos com o roubo, eles também tentaram quebrar o portão do mercadinho Serrano, um estabelecimento que há décadas servia a comunidade e que estava fechado desde a tragédia.
A polícia foi acionada pela família e deslocou viaturas para o local para garantir a segurança dos presentes. No entanto, a decisão de desativar completamente o depósito e o mercadinho já havia sido tomada.
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Criminosos saqueiam mercadinho após morte de comerciante no Pirambu
O ataque e saque ao comércio ocorre apenas dias após o assassinato de Pedro Serrano, que foi alvejado com mais de dez disparos em frente ao seu próprio estabelecimento. Câmeras de segurança registraram o momento em que dois homens armados, um com camisa vermelha e outro com camisa verde, se aproximam do comerciante e efetuam os disparos. Após o crime, os criminosos saíram caminhando tranquilamente pelas ruas do bairro, sem qualquer sinal de pressa ou preocupação.
Pedro Serrano era um dos comerciantes mais tradicionais e respeitados da região. Natural de Serra Grande, ele havia se estabelecido em Fortaleza há muitos anos, onde construiu sua carreira no ramo de mercadinhos, ganhando a confiança e a admiração de clientes e vizinhos no Grande Pirambu. O mercadinho Serrano, que levava seu nome, era um ponto de referência para a comunidade e, para muitos, representava mais do que um simples estabelecimento comercial – era um símbolo de trabalho duro, perseverança e dedicação.
A trágica morte de Pedro, seguida pela depredação de seu comércio, escancara o avanço das facções criminosas em bairros periféricos de Fortaleza. Comunidades que, outrora, conviviam pacificamente com seus comerciantes locais, agora enfrentam uma realidade de medo e opressão, com grupos criminosos determinando regras, impondo o fechamento de estabelecimentos e, em casos extremos, executando aqueles que resistem.
As autoridades policiais seguem investigando o caso, buscando identificar os responsáveis pelo assassinato e pelo saque. No entanto, para os familiares de Pedro Serrano e os moradores do Pirambu, a sensação de impunidade e insegurança permanece, agravada pelo medo constante de novos ataques.
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