A Prefeitura de Fortaleza divulgou o 4º Levantamento de Índice Rápido de Aedes Aegypti (LIRAa), apontando uma redução significativa na infestação de dengue na cidade. O índice ficou abaixo de 1%, com 0,84% de imóveis apresentando focos do mosquito, o menor nível registrado este ano. A pesquisa, realizada entre 9 e 13 de setembro de 2024, abrangeu 3.915 quadras e mais de 49 mil imóveis, com apenas 423 residências apresentando focos do Aedes aegypti.
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Durante a 81ª reunião do Comitê Intersetorial de Controle das Arboviroses, foi destacado que, apesar do baixo índice, o período de estiagem não elimina o risco de novos surtos, já que os ovos do mosquito podem permanecer viáveis por meses em ambientes secos.
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Infestação de dengue em Fortaleza atinge menor índice do ano
A Coordenadoria de Vigilância em Saúde já planeja a “Operação Inverno”, que será lançada em novembro, visando mobilizar a população e agentes de saúde para o controle da dengue na temporada de chuvas.
“O LIRAa é programado pelo Ministério da Saúde, com quatro levantamentos ao ano. Este último ocorre num período sem chuvas, o que reduz o ciclo reprodutivo do vetor. O índice obtido foi de 0,85%, ou seja, em menos de uma em cada 100 casas foi encontrado foco do mosquito. Embora esse índice esteja abaixo de 1%, o que é considerado aceitável, não podemos esquecer que estamos em um período sem chuvas”, destacou Nélio de Morais, Coordenador de Vigilância em Saúde de Fortaleza.
Fortaleza, que há 12 anos não enfrenta uma epidemia de dengue, tem implementado diversas ações estratégicas, como as operações “Fronteira” e “Quintal Limpo”, além de vistorias regulares em imóveis, que, só este ano, resultaram na eliminação de mais de 27 mil focos do mosquito. Até setembro de 2024, foram notificados 10.835 casos suspeitos de dengue na capital, com 2.730 confirmações.
“Diversas ações contribuíram para que Fortaleza obtivesse bons resultados. Inclusive, recebemos prêmios pelo combate à dengue. De 2008 a 2012, éramos quase a capital da dengue no Brasil, com o maior número de casos. Mas, com ações de conscientização, educação nas escolas, fiscalização e operações como a Inverno e Quintal Limpo, estamos no caminho certo. Além disso, valorizamos e capacitamos os agentes de endemias. Cada ano é um desafio, e não há uma fórmula mágica para evitar novas epidemias”, concluiu Nélio.
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