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André Fernandes enfrenta dificuldade para ultrapassar teto de votos na reta final das eleições em Fortaleza, destaca especialista

André Fernandes enfrenta dificuldade para ultrapassar teto de votos na reta final das eleições em Fortaleza, destaca especialista

Foto: Reprodução/GCC

Na reta final do segundo turno das eleições para a Prefeitura de Fortaleza, o candidato André Fernandes (PL) tem encontrado dificuldades na campanha para ampliar sua base eleitoral e romper o que analistas políticos chamam de “teto de votos”. Desde o primeiro turno, o candidato manteve uma performance competitiva, mas as últimas pesquisas indicam que seu crescimento desacelerou. “Ele começou o segundo turno muito forte, mas os números recentes mostram que ele atingiu um limite”, avalia o professor Emanuel Freitas, professor de teoria política da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Emanuel participou do podcast Eleições na Cidade na tarde desta sexta-feira (18). Em conversa com os jornalistas Bianca Saraiva e Tiago Lima, o especialista analisou o cenário político da corrida eleitoral ao Paço Municipal em Fortaleza, observando as ações de campanha de Evandro Leitão (PT) e André.

Segundo as últimas pesquisas, tanto André Fernandes quanto Evandro Leitão estão tecnicamente empatados, com 43% das intenções de voto. O crescimento de André no segundo turno foi de 5%, enquanto Evandro cresceu 10% no mesmo período. “André não conseguiu o salto que sua campanha esperava. Parece haver um teto que ele ainda não conseguiu ultrapassar”, explica Freitas. Agora, a campanha de Fernandes precisa reavaliar suas estratégias para tentar conquistar os eleitores indecisos, que ainda representam cerca de 21% do total, conforme a mesma pesquisa.

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Durante o segundo turno, André Fernandes recebeu apoios importantes que fortaleceram sua base política. O mais notável foi o do ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT), que surpreendeu ao se unir a Fernandes, mesmo após ser alvo de críticas por parte do candidato durante o primeiro turno. “É contraditório que André tenha criticado tanto a gestão de Roberto Cláudio e agora receba seu apoio”, comentou o professor, destacando a ambiguidade dessa aliança. Além disso, o apoio de vereadores e lideranças locais também foi importante para manter sua campanha competitiva.

Mesmo com esse reforço, André ainda enfrenta dificuldades em expandir significativamente seu eleitorado. “Embora tenha mantido a competitividade, o apoio do Roberto Cláudio, que poderia ter sido um ponto positivo, não resultou no crescimento esperado”, diz Freitas.

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Outro desafio para André Fernandes é o elevado índice de rejeição entre o eleitorado feminino. De acordo com as pesquisas, sua rejeição entre as mulheres é a mais alta de todos os segmentos. “Isso é algo que também foi visto no bolsonarismo. André tem apoio de evangélicos e pessoas de maior renda, mas entre as mulheres ele enfrenta uma barreira significativa”, analisa o especialista.

Por outro lado, Fernandes possui uma sólida base entre os eleitores evangélicos, conquistando quase 80% dos votos desse grupo, além de ser bem avaliado entre eleitores de alta renda, aqueles que ganham acima de cinco salários mínimos. “Esses são segmentos em que ele se sai bem, mas a rejeição feminina e a falta de expansão para outras áreas estão sendo obstáculos decisivos nesta fase final”, conclui o professor.

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