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Evandro Leitão precisa mudar rumo da campanha para obter crescimento, afirma especialista

Evandro precisa mudar rumo da campanha para obter crescimento, afirma especialista

Foto: Reprodução

A poucos dias do segundo turno das eleições para a Prefeitura de Fortaleza, que será realizada no dia 27 de outubro, o candidato Evandro Leitão enfrenta o desafio de atrair mais eleitores na campanha. O professor de teoria política da Universidade Estadual do Ceará (Uece), Emanuel Freitas, participou do podcast Eleições na Cidade na tarde desta sexta-feira (18). Em conversa com os jornalistas Bianca Saraiva e Tiago Lima, o especialista analisou o cenário político da corrida eleitoral ao Paço Municipal em Fortaleza, observando as ações de campanha de Evandro e André. Embora tenha adotado desde o início uma estratégia de vincular sua candidatura à figura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-governador e atual ministro da Educação Camilo Santana (PT), os resultados ainda não foram totalmente eficazes.

Pesquisas recentes indicam que cerca de 30% dos eleitores de Lula nas eleições de 2022 estão inclinados a votar em André Fernandes, adversário de Evandro no pleito. Para Freitas, esse cenário revela que a colagem de Evandro com Lula não foi “100% efetiva”, já que parte considerável dos eleitores de Lula parece ainda não convencida a votar no petista. “Evandro precisa fazer mais. Talvez promessas mais claras para as periferias e uma presença mais forte da campanha nessas regiões”, sugere o professor.

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Apesar desses desafios, Evandro Leitão conta com apoios importantes em sua campanha. Além de Lula e Camilo Santana, recentemente, a ex-prefeita Luizianne Lins participou de eventos ao lado de Evandro, embora sem um pedido explícito de votos. “A presença de Luizianne foi simbólica, mas não foi um apoio sonoro”, comenta Freitas, que destaca a ausência de um envolvimento mais direto da ex-prefeita como um fator que pode estar limitando o alcance do candidato.

Enquanto isso, André Fernandes, que obteve apoio do ex-prefeito Roberto Cláudio e de lideranças importantes, tem conseguido manter sua força nas áreas periféricas, que tradicionalmente votavam no PT. “O mais expressivo apoio que Evandro tem é o de Lula e Camilo, mas ele precisa de uma estratégia mais clara para as regiões onde André tem conseguido penetrar com suas promessas de impacto”, analisa Emanuel Freitas.

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A disputa em Fortaleza reflete a polarização entre esquerda e direita no Brasil. Segundo o professor, “Evandro representa a continuidade do bloco progressista, enquanto André Fernandes tenta se distanciar parcialmente do bolsonarismo, mantendo uma identidade de mudança”. Essa postura tem permitido que André mantenha uma competitividade alta, mesmo em áreas tradicionalmente petistas.

“Evandro ainda não conseguiu furar o bloqueio nas áreas periféricas”, afirma o professor. Para ele, a proposta de André para temas como segurança e melhorias em serviços básicos, como saúde e educação, tem ressonado com esses eleitores. “Se Evandro não intensificar suas promessas e o contato direto com essas regiões, será difícil reverter o quadro”, conclui Freitas.

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