Justiça entendeu que não houve dolo por parte da companhia aérea.
Justiça arquiva inquérito sobre morte do cão Joca, transportado pela Gol
A Justiça de São Paulo arquivou o inquérito que investigava a morte do cão Joca, um golden retriever de 5 anos, durante um serviço de transporte realizado pela companhia aérea Gol. O caso aconteceu em abril deste ano, quando o animal foi enviado por engano de Guarulhos (SP) para Fortaleza (CE) em vez de Sinop (MT). O trajeto, que deveria durar até 2h30min, se estendeu por cerca de 8 horas.

>>>Clique aqui para seguir o canal do GCMAIS no WhatsApp<<<
O pedido de arquivamento partiu do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que justificou a falta de elementos suficientes para oferecer denúncia por maus-tratos. O juiz Gilberto Azevedo de Moraes Costa, responsável pelo caso, alegou que não houve intenção de maltratar o cão. Segundo ele, os autos mostram uma “sucessão de condutas culposas”, decorrentes de negligência e imprudência por parte dos funcionários da Gol.
Na decisão, o juiz destacou que os funcionários que entraram em contato com Joca após a chegada em Fortaleza relataram que ele estava calmo e sem sinais aparentes de estresse. Como o crime de maus-tratos prevê apenas a modalidade dolosa, ou seja, intencional, a Justiça entendeu que não houve dolo por parte da companhia aérea.
>>>Siga o GCMAIS no Google Notícias<<<
Em nota, a Gol afirmou ter colaborado com a investigação e respeita a decisão judicial. Por outro lado, a defesa do tutor de Joca anunciou que irá recorrer do arquivamento do caso.
Em junho, a Polícia Civil de Guarulhos finalizou a investigação, apontando que houve um erro no embarque do animal, que foi colocado em uma caixa de transporte lacrada. O supervisor operacional da Gollog, empresa responsável pelo transporte de carga da Gol, explicou que o engano aconteceu porque os aviões para Sinop e Fortaleza estavam próximos, e dois funcionários colocaram a caixa de Joca no local errado.
O laudo da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP) concluiu que a morte de Joca foi causada por um choque cardiogênico, um problema em que o coração falha ao bombear sangue de forma eficiente para os órgãos. O relatório indicou que, após chegar a Fortaleza, Joca foi despachado de volta a São Paulo, onde sua morte foi constatada ainda no interior da aeronave.
Segundo a investigação, o cão permaneceu em Fortaleza por cerca de 40 minutos antes de ser encaminhado novamente para Guarulhos. A trajetória do animal foi acompanhada e exibida em reportagem do programa Fantástico. No total, 12 pessoas foram ouvidas no inquérito, incluindo o tutor do cão e funcionários da companhia aérea.
O Ministério Público e a Justiça ainda devem se manifestar sobre as conclusões da Polícia Civil e decidir se novas apurações serão necessárias.
Leia também | Justiça nega novo pedido de desbloqueio de bens de Gusttavo Lima
>>>Acompanhe o GCMAIS no YouTube<<<

NOTÍCIAS DO GCMAIS NO SEU WHATSAPP!
Últimas notícias de Fortaleza, Ceará e Brasil
Lembre-se: as regras de privacidade dos grupos são definidas pelo Whatsapp.
RELACIONADAS

‘Aqui só joga lixo quem é corno’, diz prefeitura de cidade mineira em campanha sobre descarte

STF vai decidir se Lei da Anistia pode perdoar desaparecimentos na ditadura

Ceará registra mais de 10 mil inscritos no Fies para o 1º semestre de 2025
