A juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, negou nesta sexta-feira (18) o pedido da defesa do cantor Gusttavo Lima para o desbloqueio de seus bens. O patrimônio do artista está sob bloqueio judicial desde 23 de setembro, como parte da Operação Integration, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro ligado a jogos online ilegais.
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Em sua petição, a defesa do cantor argumentou que “todos os bens foram comprados pela Balada Eventos com dinheiro de seu próprio caixa”, proveniente de “atividade empresarial legal e nunca questionada”. No entanto, a magistrada considerou que não há novos fatos que justifiquem a liberação dos bens, destacando a existência de indícios de que o patrimônio do cantor está vinculado a um “extenso esquema de lavagem de dinheiro oriundo do jogo do bicho e de outras apostas, como cassinos e apostas esportivas online”. A juíza afirmou que as restrições patrimoniais devem ser mantidas para garantir a continuidade das investigações.
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Este é o segundo pedido de desbloqueio negado pela Justiça desde que os bens de Gusttavo Lima foram “sequestrados” em setembro. A decisão reforça a linha de investigação das autoridades, que seguem apurando possíveis irregularidades financeiras envolvendo o artista e outros investigados.
Justiça nega novo pedido de desbloqueio de bens de Gusttavo Lima
Gusttavo Lima foi indiciado pela Polícia Civil de Pernambuco por suspeita de lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. A investigação faz parte de uma ação que apura a operação de jogos ilegais no Brasil. O programa Fantástico teve acesso ao inquérito, que aponta um total de 53 alvos distribuídos por seis estados do país. A defesa de Gusttavo Lima nega qualquer envolvimento ilícito.
Além de Gusttavo Lima, outros empresários, artistas e influenciadores, como Deolane Bezerra, também estão sob investigação. O cantor foi formalmente indiciado em 15 de setembro e agora aguarda a decisão do Ministério Público, que avaliará os elementos reunidos para decidir se apresenta denúncia formal contra ele.
Durante a Operação Integration, foram apreendidos documentos e quantias em dinheiro que, segundo as autoridades, comprovam a ligação de Gusttavo Lima com atividades ilegais. Em depoimento à Polícia, o cantor negou conhecer alguns dos outros investigados e afirmou que todas as suas transações, inclusive a compra de aeronaves, foram feitas de forma legal. Ele também declarou que não possui intimidade com o proprietário da empresa Vai de Bet, apontada como parte do esquema, nem com a esposa do empresário.
Na data da ordem de prisão, Gusttavo Lima estava fora do país cumprindo compromissos profissionais. Ele retornou ao Brasil no dia 25 de setembro e segue colaborando com as autoridades.
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