O Brasil perdeu nesta quarta-feira (30) um dos maiores nomes da música erudita e popular: o pianista Arthur Moreira Lima faleceu aos 84 anos, em Florianópolis, onde residia desde 1993. O músico lutava contra um câncer de intestino e estava internado há um ano. A confirmação veio por meio do Instituto Piano Brasileiro, que homenageou o pianista em uma publicação emocionada: “Nossos agradecimentos a esse gigante incomparável, por tudo que fez pela cultura brasileira e pianística. Que seu nome seja sempre reconhecido entre os heróis brasileiros”.
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Nascido no Rio de Janeiro em 1940, Moreira Lima despontou ainda jovem no cenário musical e ao longo de sua carreira recebeu grande reconhecimento internacional. Seu talento, técnica impecável e versatilidade o levaram a conquistar o título de “Pelé do Piano” pela revista suíça La Suisse, em referência à sua maestria e influência, comparável à do maior jogador de futebol brasileiro. Com uma trajetória repleta de prêmios, ele deixou sua marca nas mais prestigiadas casas de espetáculo do mundo.
Ao longo de sua carreira, Moreira Lima tocou com algumas das principais orquestras sinfônicas e filarmônicas, incluindo Leningrado, Moscou, Varsóvia, Berlim, Viena, Praga, a BBC de Londres e a National da França. Seu repertório abrangia desde a música clássica até a popular brasileira, e ele foi um dos responsáveis por popularizar o piano no Brasil, levando a música erudita a públicos amplos, inclusive em cidades do interior brasileiro, com o projeto “Um Piano pela Estrada”. Essa iniciativa permitiu que milhares de pessoas tivessem acesso a concertos de alta qualidade em locais pouco assistidos por eventos culturais.
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Arthur Moreira Lima também registrou seu talento em mais de 60 discos, incluindo gravações de clássicos do choro e do samba, onde eternizou sua visão e sensibilidade sobre a música popular brasileira. Sua capacidade de mesclar o rigor da música erudita com a leveza e o ritmo da música popular tornaram suas interpretações únicas e cativaram gerações de ouvintes.
Sua morte marca o fim de uma era para a música brasileira. Deixando um legado inestimável, o pianista será sempre lembrado como um dos maiores intérpretes de seu tempo e uma figura que contribuiu para a democratização da cultura no Brasil.
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