O Halloween, ou Dia das Bruxas, celebrado em 31 de outubro, tem raízes profundas nas tradições celtas, especialmente no festival Samhain, que marcava o fim do verão e a transição para o inverno. Durante essa época, acreditava-se que os espíritos dos mortos retornavam à Terra. Para se protegerem, os vivos apagavam as luzes de suas casas e usavam fantasias para confundir os espíritos malignos.
As bruxas, figuras centrais na iconografia do Halloween, simbolizam tanto o medo quanto a fascinação pelo desconhecido. Na Idade Média, mulheres que praticavam curas ou eram vistas como diferentes eram frequentemente rotuladas como bruxas. A crença popular afirmava que essas mulheres realizavam rituais com o diabo, voando em vassouras e lançando feitiços.
>>>Siga o GCMAIS no Google Notícias<<<
Essa associação entre bruxas e práticas sombrias se intensificou ao longo dos séculos, especialmente durante os julgamentos de bruxas na Europa e na América.A figura da bruxa no Halloween é frequentemente representada com chapéu pontudo, roupas escuras e uma vassoura, simbolizando seu poder e conexão com a magia.
A tradição de “doçura ou travessura” também está ligada a essas crenças; crianças fantasiadas pedem doces como forma de apaziguar os espíritos e evitar travessuras.
Com a imigração irlandesa para os Estados Unidos no século XIX, o Halloween ganhou popularidade e se transformou em uma celebração mais comercial e festiva. Elementos como abóboras esculpidas (lanternas de Jack) e festas temáticas se tornaram comuns.
Assim, as bruxas se tornaram um símbolo não apenas do medo, mas também da diversão e da criatividade associadas ao Halloween.
Hoje, o Halloween é uma celebração global que mescla tradições antigas com novas práticas culturais. Embora muitos vejam as bruxas como meros personagens de fantasia, sua história reflete medos históricos e a luta pela aceitação das diferenças na sociedade
Halloween ou Dia das Bruxas: conheça símbolos e origem
Os principais símbolos do Halloween têm origens diversas e estão profundamente enraizados nas tradições celtas e na cultura popular.
Bruxas: Representam o medo do desconhecido e a superstição. Na Idade Média, mulheres acusadas de bruxaria eram frequentemente associadas a práticas malignas, o que consolidou sua imagem no Halloween como figuras centrais da festividade.
Abóbora (Jack-o’-lantern): Originada de uma lenda celta sobre Jack, que, após enganar o diabo, perambula com uma lanterna. A prática de esculpir abóboras começou nos EUA, substituindo os nabos usados originalmente na Europa.
Gato Preto: Associado às bruxas, acredita-se que esses felinos possam ser espíritos ou portadores de má sorte. Sua conexão com a bruxaria remonta a superstições antigas.
Morcego: Este animal é ligado ao Halloween por sua associação com vampiros e lugares sombrios. Os morcegos também eram atraídos pelas fogueiras dos festivais celtas.
Máscaras e fantasias: Usadas para enganar espíritos malignos, essas vestimentas permitem que as pessoas se conectem com o mundo espiritual, refletindo a crença de que os fantasmas não reconhecem quem está disfarçado.
Doces e travessuras: A tradição de “doçura ou travessura” remonta ao século IX, quando crianças pediam bolos em troca de orações por almas. Hoje, é uma prática comum entre crianças fantasiadas.
Esses símbolos, entre outros como caldeirões, fantasmas e cores escuras, formam a rica tapeçaria cultural do Halloween, refletindo uma mistura de tradições antigas e práticas contemporâneas.
Leia também | Estátua que desabou no Montese aguardava reparo e será removida nesta quarta-feira (30)