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“Queria dizer que errei”: Doria envia carta a Lula admitindo exageros do passado

"Queria dizer que errei": Doria envia carta a Lula admitindo exageros do passado

Foto: Reprodução

O ex-governador de São Paulo e empresário João Doria enviou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao vice-presidente Geraldo Alckmin, reconhecendo ter cometido “exageros e equívocos” no passado. Doria expressou o desejo de retratar-se diretamente a Lula, destacando em sua mensagem: “Queria ter a chance de dizer que errei”. Pessoas próximas ao presidente relataram que a carta foi entregue a Lula por Alckmin, a pedido do próprio Doria, e escrita à mão.

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Após a leitura, Lula teria reconhecido o gesto, mas ressaltado que, embora estivesse disposto a perdoar o ex-governador, não via a possibilidade de uma aproximação mais íntima. Nos últimos meses, Doria deu início a uma série de reconciliações com antigos amigos e adversários políticos. A ideia seria construir uma ampla rede de apoio voltada para seus negócios, que cresceram após ele deixar a corrida presidencial em 2022.

Doria, que retomou o comando do grupo Lide, voltou à atuação empresarial e restabeleceu contatos com antigos aliados. Entre eles estão o próprio Alckmin, de quem Doria havia se distanciado nos últimos anos, e figuras como Rodrigo Garcia, ex-vice-governador de São Paulo, e Bruno Araújo, ex-presidente do PSDB.

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“Queria dizer que errei”: Doria envia carta a Lula admitindo exageros do passado

Embora afirme que abandonou a política, Doria não parece estar totalmente afastado do meio. Criador do Lide, um grupo de negócios que promove eventos e intermedia conexões entre empresários e políticos, ele se mantém próximo de personalidades influentes. No site da instituição, destaca-se a presença de figuras como Michel Temer, o ministro do STF Ricardo Lewandowski e o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, em eventos promovidos pelo grupo.

Doria ainda enfrenta certa resistência em Brasília devido ao histórico de rivalidade com Lula. Em 2019, ele chegou a fazer uma piada sobre a prisão do petista, fato pelo qual se desculpou no ano passado. No entanto, fontes afirmam que a cautela sobre essa reaproximação permanece entre membros do governo, especialmente no primeiro escalão petista.

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