As eleições presidenciais nos EUA ocorrem nesta terça-feira, dia 5 de novembro de 2024, com a disputa principal entre o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harris. No entanto, mais de 50 milhões de americanos já votaram, já que lá a votação pode ser feita de forma antecipada. Entenda a seguir os detalhes sobre as eleições dos EUA em 2024, como será a apuração e quando deve sair o resultado.
Eleições EUA 2024: Kamala x Trump, quem está na frente?
As urnas nos EUA fecharão em horários variados, começando a partir das 18h, dependendo do estado, e a maioria encerrará até as 20h, horário local. A apuração dos votos começará imediatamente após o fechamento das urnas, mas os resultados finais podem demorar dias para serem divulgados.
Em 2020, por exemplo, a vitória de Joe Biden foi anunciada quatro dias após a eleição. Isso se deve ao uso de cédulas de papel e à contagem de votos antecipados e por correio, que em alguns estados podem ser aceitos mesmo após o dia da eleição.
Cada estado tem autonomia para definir suas regras de votação e apuração, o que resulta em variações significativas no tempo necessário para contar os votos. Os resultados são anunciados pela imprensa americana com base nas informações fornecidas pelas autoridades estaduais, ao contrário do Brasil, onde há uma centralização na apuraçãoo.
A contagem dos votos pode ser especialmente demorada em estados considerados “pêndulo”, onde a disputa é acirrada. Em tais casos, cada voto conta e pode influenciar o resultado final. As primeiras projeções de resultados devem surgir logo após o fechamento das urnas em estados como Geórgia e Carolina do Norte, mas outros estados mais populosos como Califórnia e Nova York terão suas urnas fechadas mais tarde.
A eleição americana é indireta; os cidadãos votam em delegados que compõem o Colégio Eleitoral. Para vencer a presidência, um candidato precisa obter pelo menos 270 votos dos 538 delegados disponíveis.
Este sistema pode resultar em situações onde um candidato vence na votação popular mas não no Colégio Eleitoral, como ocorreu em 2016 com Trump.
A posse do novo presidente está marcada para 20 de janeiro de 2025, onde ele fará um juramento perante o Congresso. A cobertura das eleições será intensa, com várias mídias acompanhando cada etapa da apuração e projeção de resultados em tempo real.
Eleições EUA 2024: como o voto pelo correio afeta o processo de apuração
O voto pelo correio impacta significativamente o processo de apuração das eleições nos Estados Unidos. Com a ascensão desse método, especialmente durante a pandemia, a contagem de votos tornou-se mais complexa e demorada. Em 2020, cerca de 45% dos votos foram feitos pelo correio, um aumento drástico em relação a anos anteriores.
Isso ocorre porque muitos estados permitem que as cédulas sejam enviadas até o dia da eleição, mas exigem que cheguem até o fechamento das urnas para serem contabilizadas.
Além disso, a contagem dos votos pelo correio pode ser afetada por diferentes legislações estaduais que variam amplamente. Alguns estados processam os votos antecipadamente, enquanto outros só começam após o fechamento das urnas, o que pode levar a uma discrepância nas projeções iniciais de resultados.
O fato de que os democratas tendem a usar mais o voto pelo correio do que os republicanos também pode criar “miragens” nos resultados, onde um candidato parece estar liderando antes que todos os votos sejam contados.
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A falta de uma autoridade centralizada para a apuração, como o TSE no Brasil, significa que a mídia desempenha um papel crucial na declaração dos vencedores. A Associated Press e outras agências coletam dados de várias fontes para informar sobre os resultados.
Portanto, enquanto o voto pelo correio facilita a participação eleitoral, ele também complica a apuração e prolonga o tempo necessário para determinar um vencedor.
Kamala x Trump: como a Pensilvânia está influenciando a disputa?
A Pensilvânia desempenha um papel crucial na disputa entre Kamala Harris e Donald Trump, sendo um dos estados mais disputados nas eleições dos EUA em 2024. Com 19 votos no Colégio Eleitoral, a Pensilvânia é considerada a “joia da coroa” da eleição, já que em 10 das últimas 12 eleições, o vencedor do estado acabou se tornando presidente.
As últimas pesquisas indicam um empate técnico entre os candidatos, com Harris e Trump variando entre 48% e 47% nas intenções de voto.
Essa situação reflete uma recuperação de Trump, que havia perdido terreno anteriormente. A economia é a principal preocupação dos eleitores, mas questões como aborto e imigração também estão influenciando as preferências eleitorais.
Historicamente, a Pensilvânia é um microcosmo dos Estados Unidos, com áreas urbanas que tendem a apoiar os democratas e regiões rurais que favorecem os republicanos. O estado é vital para ambos os candidatos, pois quem vencer ali terá um caminho mais claro para alcançar os 270 votos necessários no Colégio Eleitoral.
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