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Mãe e padrasto são condenados por mutilação órgão genital de menino de cinco anos

Mãe e padrasto condenados por mutilação de menino de cinco anos no Ceará

Foto: Reprodução

Em Canindé, interior do Ceará, a mãe e o padrasto de um menino de cinco anos foram condenados pela mutilação do órgão genital da criança, em um crime que chocou a comunidade. Somadas, as penas ultrapassam 22 anos de prisão. O caso, ocorrido em dezembro de 2023, gerou grande comoção e levou a mudanças na vida da vítima e de seus familiares.

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José Ivanilson Ferreira Silva, padrasto da criança, recebeu pena de 13 anos e 4 meses de reclusão em regime fechado, sem direito de recorrer em liberdade. A mãe, Sabrina Duarte de Castro, foi condenada a 9 anos e 4 meses, também em regime fechado, com perda do poder familiar sobre o menino.

A sentença foi dada com base nos crimes de lesão corporal gravíssima — devido à deformidade permanente — e maus-tratos qualificados, ambos no contexto de violência doméstica contra menor de 14 anos. Após o crime, ocorrido em 6 de dezembro, o menino foi encaminhado ao Instituto Doutor José Frota (IJF), em Fortaleza, onde passou por uma cirurgia para reimplantação do órgão genital.

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Desde então, a criança vive sob os cuidados do pai biológico, que precisou abandonar o emprego para acompanhar o filho em um longo processo de recuperação e tratamento médico. A família também mudou de cidade por questões de segurança, temendo represálias de parentes da mãe e do padrasto.

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Diante das dificuldades financeiras, a família lançou uma campanha de arrecadação para custear o tratamento de saúde do menino e as despesas judiciais. A quantia obtida com as doações tem sido destinada a tratamentos médicos especializados e demais cuidados necessários para a reabilitação da criança.

O padrasto, que tem 26 anos, foi preso em flagrante e, após ser indiciado por lesão corporal grave, teve sua prisão convertida em preventiva, permanecendo detido desde o crime. Já a mãe, de 27 anos, inicialmente apresentou várias versões sobre o ferimento do menino aos médicos, incluindo a alegação de que se tratava de uma picada de inseto. Após investigações, ela foi indiciada por omissão.

O caso despertou indignação e reforçou o debate sobre a proteção infantil, mobilizando a comunidade e organizações sociais para apoiar a recuperação da criança e sua reintegração em um ambiente seguro e acolhedor.

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