O caso da enfermeira Jandra Mayandra, de 36 anos, que foi morta a tiros em um trecho da Avenida Leste-Oeste, no trecho do bairro Pirambu, em Fortaleza, no dia 15 de maio deste ano, ainda não foi solucionado, pois os assassinos da profissional de saúde ainda não foram presos. Natural do Piauí e residente em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), Jandra era uma profissional que atuava na área administrativa das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da cidade. Conhecida por sua rotina tranquila, ela seguia um percurso diário de casa ao trabalho.
No dia 15 de maio de 2024, após sair do Hospital Dr. Osvaldo Cruz, na área nobre de Fortaleza, Jandra foi alvejada por homens em uma motocicleta enquanto retornava para casa. Testemunhas indicaram que o incidente pode ter começado com uma colisão entre o carro da enfermeira e uma moto. Segundo essa versão, os ocupantes da motocicleta teriam seguido Jandra, resultando nos disparos fatais.
Inicialmente, quatro policiais militares chegaram a ser investigados pelo crime, mas foram liberados após o inquérito confirmar que eles não tinham envolvimento. Durante as investigações, foi descoberto que Jandra havia registrado um boletim de ocorrência em 2023, relatando ameaças de uma ex-funcionária da UPA onde trabalhava. Em outro desdobramento, um ex-diretor da Fundação Leandro Bezerra de Menezes, identificado pela polícia, teve dispositivos eletrônicos apreendidos.
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O diretor responsável pela contratação da enfermeira, que atuava tanto na fundação quanto no hospital, apresentou inconsistências durante o depoimento. A morte de Jandra pode estar conectada com o processo que resultou na intervenção da fundação. Em nota, a Fundação Leandro Bezerra de Menezes esclareceu que o diretor mencionado não faz mais parte da instituição desde 2021 e repudia qualquer ato de violência, colocando-se à disposição da Justiça para colaborar com as investigações.
Segundo o Diário da Justiça, o homicídio da enfermeira apresenta características de um “assassinato profissional”, e ela seria o alvo por possuir informações privilegiadas sobre a fundação, que recebe recursos milionários e é acusada de fraudes. O celular do diretor foi apreendido, e a Justiça autorizou a polícia a acessar seu conteúdo para investigação criminal.
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“Há indícios de que o crime foi planejado, e que, devido ao modus operandi, houve uma divisão de tarefas para garantir seu sucesso. Por isso, o acesso ao aparelho telefônico é imprescindível para obter informações sobre as circunstâncias do crime e a organização dos agentes envolvidos, informações que não poderiam ser obtidas por outros meios, considerando que o planejamento do crime também incluiu a ocultação de elementos relacionados à autoria e à participação”, consta no documento.
Em junho, quatro policiais militares foram detidos sob suspeita de envolvimento na morte da enfermeira Jandra, após terem consultado informações sobre a vítima no sistema da polícia. No entanto, os agentes foram posteriormente soltos e seus bens apreendidos foram devolvidos. A investigação continua em andamento, com a polícia agora focada em esclarecer o papel dos policiais e em obter informações adicionais através do celular do diretor da fundação.
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