O governo é acusado de usar armas de fogo para conter as manifestações nas ruas
Moçambique: 18 pessoas são mortas em protestos após eleições presidenciais
A repressão policial a protestos realizados em Moçambique, após as eleições presidenciais no país, deixou 18 mortos, conforme divulgou um grupo de direitos humanos. Os protestos reivindicam a legalidade das eleições. Os protestos vêm se estendendo ao longo dos últimos dias.
Ponto de controvérsia no meio da questão, a eleição no país africano manteve no poder o partido Frelimo, que comanda Moçambique há quase 50 anos, desde 1975. O partido foi declarado vencedor em outubro deste ano, com vitória expressiva – grupos da sociedade civil, no entanto, clamam que o pleito não obedeceu a padrões democráticos, com fortes indícios de atos fraudulentos no processo.
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Grupos registram mortes e violência em Moçambique em meio a protestos
Os protestos vêm se estendendo ao longo dos dias: na última quinta-feira (7), milhares de pessoas foram às ruas para protestar, fazendo barricadas com pneus em chamas. Os policiais reagiram às manifestações disparando armas de fogo, de acordo com grupos de direitos humanos que vêm monitorando as ocorrências.
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Não se trata da primeira ocasião em que o governo do país é acusado de usar armas de fogo para conter manifestantes, com outros casos semelhantes tendo sido registrados em protestos anteriores. Representantes do governo vêm defendendo a reação da polícia aos atos de rua, destacando a necessidade de manter “lei e ordem”.
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