Na manhã desta quarta-feira (13), o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) deflagrou uma operação na Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, visando apurar denúncias de contratação de funcionários fantasmas — pessoas que recebem salários sem cumprir expediente. A investigação teve como alvos uma servidora atual da Câmara e dois ex-servidores, que são suspeitos de envolvimento no esquema.
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A operação cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em diferentes locais: nas residências dos investigados, na empresa de dois deles e na própria Câmara Municipal. Durante as buscas, foram apreendidos celulares, equipamentos eletrônicos e documentos que serão analisados para apurar a existência de possíveis irregularidades no quadro de funcionários.
MPCE investiga nomeação de servidores fantasmas na Câmara de Juazeiro do Norte (CE)
Em nota oficial, o presidente em exercício da Câmara, Raimundo Júnior, informou que as ações de busca e apreensão foram restritas à sala da chefe de gabinete e que nenhum vereador é investigado ou alvo direto das medidas. Ele destacou que a operação não envolve qualquer denúncia contra parlamentares, e o foco é exclusivamente a atuação de servidores e ex-servidores da Casa.
Além disso, o Ministério Público optou por não solicitar o afastamento dos investigados de suas funções. Dois dos suspeitos pediram exoneração após serem questionados pelo MPCE sobre suas atividades. A apuração de documentos e materiais apreendidos será determinante para esclarecer o envolvimento dos suspeitos e confirmar ou refutar as denúncias de pagamento de salários a funcionários que não cumprem expediente.
MPCE reforça compromisso com a transparência
A operação do MPCE em Juazeiro do Norte destaca a preocupação das autoridades com a transparência e a correta gestão de recursos públicos. Segundo o órgão, a prática de manter funcionários fantasmas nas folhas de pagamento constitui um desvio grave, que impacta o orçamento e fere a ética no serviço público.
As investigações continuam e poderão resultar em novas ações, caso sejam encontradas evidências que confirmem a prática irregular. Para o MPCE, o caso serve de alerta a outras instituições e reforça o compromisso de zelar pela integridade do serviço público em todo o estado.
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