GOLPE DE ESTADO

PF deflagra operação contra militares que planejaram matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes

As investigações apontam que a organização criminosa usou “elevado nível de conhecimento técnico-militar”

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19 de novembro de 2024
Portal GCMAIS

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (19) a Operação Contragolpe, tendo como alvos militares suspeitos de planejar um golpe de Estado, incluindo planos de matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

PF deflagra operação contra militares que planejaram matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes
Foto: Divulgação

Entre as ações pensadas pelo grupo estava o planejamento operacional chamado “Punhal Verde e Amarelo”, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022. Nessa ocasião, conforme planejado, aconteceria a execução de Lula e Alckmin, à época presidente e vice-presidente eleitos – a posse ocorreu apenas em janeiro de 2023. Moraes também era um dos alvos dos criminosos.

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Cinco pessoas teriam sido presas, com autorização do Supremo, sendo quatro deles militares do Exército ligados às forças especiais, conhecidos como kids pretos. São eles o general de brigada Mario Fernandes (que está na reserva), o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo e o major Rafael Martins de Oliveira. Além dos quatro, teria sido capturado também o policial federal Wladimir Matos Soares.

A PF aponta que o grupo criminoso tinha como objetivo implementar um golpe de Estado para impedir a posse do governo eleito em 2022 e restringir o livre exercício do Poder Judiciário.

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As investigações apontam que a organização criminosa se utilizou de “elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas” nos meses de novembro e dezembro de 2022. Os investigados são, em sua maioria, militares com formação em Forças Especiais (FE).

O planejamento detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para as ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas. Detalhava também a instituição de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, a ser integrado pelos próprios investigados, para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações.

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Além das cinco prisões preventivas, os policiais federais cumprem três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares diversas da prisão – que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, a proibição de se ausentar do país (com entrega de passaportes no prazo de 24 horas) e a suspensão do exercício de funções públicas.

O Exército Brasileiro acompanhou o cumprimento dos mandados da PF, que são efetivados nos estados de Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e no Distrito Federal.

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