O valor do ingresso será inicialmente de R$ 50 e sofrerá reajustes anuais, podendo alcançar R$ 120 no quinto ano de concessão, com atualização de acordo com a inflaçã
Parque Nacional de Jericoacoara terá cobrança de ingresso a partir de dezembro sob nova gestão privada
O Parque Nacional de Jericoacoara, destino turístico de destaque no litoral cearense, passará a ser gerido pela empresa Urbia + Cataratas Jeri, formada pela Construcap e Grupo Cataratas e, a partir de dezembro, turistas precisarão pagar ingresso para acessar o local, além da já existente taxa municipal de turismo, atualmente em R$ 41,50. Conforme o contrato de concessão firmado com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o valor do ingresso será inicialmente de R$ 50 e sofrerá reajustes anuais, podendo alcançar R$ 120 no quinto ano de concessão, com atualização de acordo com a inflação. Com isso, o custo mínimo para visitar a região será de R$ 91,50 por pessoa.
A nova gestão promete investimentos de R$ 116 milhões em infraestrutura ao longo de 30 anos, com R$ 90 milhões previstos para os primeiros anos. Entre as melhorias estão:
- Reordenação de vias e trilhas;
- Construção de banheiros e chuveiros públicos;
- Instalação de quiosques com pontos de hidratação;
- Criação de um Centro de Visitantes com estacionamento para 600 veículos e rede Wi-Fi;
- Pontos de apoio ao visitante e reforma de estruturas de informação e controle.
Além disso, a concessionária será responsável pela segurança patrimonial, atendimento ambulatorial e disponibilização de equipes de primeiros socorros.
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Alguns grupos terão isenção do pagamento do ingresso, incluindo:
- Crianças de até seis anos;
- Guias de turismo e pesquisadores em atividade ambiental;
- Moradores dos municípios de Camocim, Cruz e Jijoca de Jericoacoara;
- Pessoas inscritas no CadÚnico.
A taxa municipal de turismo continuará sendo cobrada pela Prefeitura de Jijoca, dando direito à permanência por até 10 dias. O contrato também estipula que o ingresso cobre apenas a entrada no parque, sendo que outros serviços poderão ser cobrados pela concessionária.
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A concessão, que cobre os 7.850 hectares do parque, envolve pagamentos de R$ 61 milhões em outorga fixa e R$ 337 milhões em outorga variável ao longo do contrato. O governo federal também receberá 5% da receita bruta mensal da concessionária.
A empresa afirma que o modelo busca aliar sustentabilidade, conforto e segurança, modernizando a experiência dos visitantes em um dos destinos turísticos mais procurados do Brasil, famoso por suas paisagens deslumbrantes como a Pedra Furada, piscinas naturais e praias ideais para esportes como kitesurf e windsurf.
A concessão ocorre em meio a questionamentos judiciais sobre a propriedade das terras do parque, reivindicadas por uma empresária. Mesmo assim, o ICMBio reforça a importância da concessão para garantir melhorias estruturais e a preservação ambiental em um destino que recebe milhões de turistas anualmente.
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