O ex-governador do Ceará e atual ministro da Educação, Camilo Santana, junto ao governador Elmano de Freitas, se manifestaram após a Polícia Federal (PF) deflagrar a ‘Operação Contragolpe’, que investiga um plano de assassinato contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
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De acordo com a PF, o plano foi montado durante o governo do ex-presidente, Jair Bolsonaro, com a participação de membros do alto escalão do Exército. A investigação levou à prisão de cinco militares.
Camilo Santana ressaltou que o caso é um alerta para os perigos da intolerância e do ódio na política, cobrando punição para todos os envolvidos. “Que todos os envolvidos sejam devidamente punidos dentro da lei”, afirmou.
Por sua vez, Elmano de Freitas também condenou o plano e parabenizou o trabalho da Polícia Federal, reafirmando a defesa da democracia e expressando solidariedade aos alvos do atentado. “Minha solidariedade a Lula, Alckmin e Moraes. Que os envolvidos sejam responsabilizados e punidos com o rigor da lei”, declarou.
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“Punhal Verde e Amarelo”
A Polícia Federal identificou um plano detalhado e operacional, batizado de “Punhal Verde e Amarelo”, com o objetivo de assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin, no dia 15 de dezembro de 2022. O plano também incluía a prisão e execução de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) caso o golpe fosse bem-sucedido. Os envolvidos na trama haviam criado um “Gabinete Institucional de Gestão de Crises” para gerenciar possíveis conflitos derivados das ações.
As investigações da PF apontam que as ações configuram crimes como a abolição do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado e organização criminosa. A operação resultou na prisão do general reformado do Exército, Mário Fernandes, e dos militares Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, todos especializados em Forças Especiais, além do policial federal Wladimir Matos Soares.
O general Mário Fernandes foi identificado como o responsável pela organização do plano, elaborado ainda durante o governo Bolsonaro. O arquivo encontrado pela PF detalhava uma possível execução de Moraes e Alckmin, com características que a polícia classificou como “terroristas”. Segundo a investigação, os envolvidos acreditavam que a “neutralização” de Lula abalaria a chapa vencedora, podendo colocá-la sob o controle do PSDB, enquanto a morte de Alckmin desarticularia a eleição.
O documento também menciona uma figura chamada “Juca”, ainda não identificada pela PF, descrita como uma “eminência parda” das lideranças do futuro governo. A “neutralização” dessa pessoa, segundo o plano, desarticulava os planos da esquerda radical.
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