Ícone do site Portal GCMAIS

Banda ‘Os Muringa’ representa o legado do autêntico forró nos palcos de Fortaleza

Banda 'Os Moringa' representa o legado do autêntico forró nos palcos de Fortaleza

Foto: Reprodução

O forró é mais que um ritmo: é uma verdadeira paixão do povo nordestino, um símbolo da nossa identidade. E, em Fortaleza, a Banda Os Muringa vem sendo uma das principais responsáveis por manter vivo esse legado, com apresentações cheias de energia e alegria, representando a essência do forró autêntico. Desde sua formação, em 2009, o grupo tem conquistado o público cearense e além, levando o ritmo típico do Nordeste para diversos palcos.

>>>Acompanhe o GCMAIS no YouTube<<<

A origem de Os Muringa

A história da banda começou com um jovem chamado Rául Rocha, que sempre teve uma paixão pela sanfona e pelo forró. “A gente gostava muito de forró, né? Mas nunca pensamos em tocar. Aí, como a gente gostava muito, eu cheguei e disse: ‘Cara, e se eu comprar uma sanfona e aprender? Vamos fazer um trio de forró?'”, conta Rául, o sanfoneiro e cantor do grupo. Foi dessa ideia simples, mas com muito carinho pelo ritmo, que a banda ganhou vida.

Junto com Rául, o amigo Ailton aceitou o desafio de tocar zabumba. “Meu início com a música foi na adolescência, com minha banda de rock. Quando comecei a ir para as festas de forró com o Rául, fui me apaixonando pelo ritmo e decidimos montar o grupo”, explica Ailton, o percussionista da banda.

Logo, a banda passou a se apresentar no cenário musical cearense, com um repertório que variava entre o forró pé de serra de Luiz Gonzaga e o forró mais moderno de Dorgival Dantas. E foi a partir de uma lembrança especial que o nome da banda surgiu: “Minha prima me deu uma muringa de presente, um cantinho de couro. Quando estávamos decidindo o nome da banda, olhei para a muringa e pensei: ‘Pronto, esse é o nome'”.

Publicidade

>>>Siga o GCMAIS no Google Notícias<<<

Com o passar do tempo, o grupo foi se fortalecendo e novos membros se juntaram à formação. Rafael Stone, baixista que já tocava em outra banda, foi convidado por acaso para integrar Os Muringa. “Eu estava tocando com outra banda e, um dia, a minha banda se apresentou ao lado deles. Quando terminamos, trocamos ideias, e por um acaso, o baixista da banda não pôde ir no próximo show e me chamaram para substituir. Foi assim que comecei a tocar com eles”, lembra Rafael.

Outro membro que entrou para o time de Os Muringa foi a cantora Jarina Maia, que, apesar de ter uma voz marcante, nunca imaginou subir aos palcos. “Eu chamei eles para tocar no meu aniversário. Fui cantar para minha família e amigos, e todos adoraram. Três anos depois, postei um vídeo cantando no karaokê com uma amiga, e eles me viram. Achavam que eu tinha o espírito da banda e me convidaram”, conta Jarina sobre como foi convidada a integrar o grupo.

O diferencial de Os Muringa é a forma como mesclam o forró jovem com o tradicional, mantendo sempre a pegada regional e a energia contagiante que cativa o público. “Eu acho que essa alegria é o que mais nos aproxima de Fortaleza e do nosso forró. A gente entrega o nosso melhor no palco, tocando com a alma, e é isso que a gente quer: fazer com que as pessoas se sintam bem”, afirma Rául.

Com uma agenda cheia durante os festejos juninos, o grupo segue com força total, sem perder o espírito de festa e descontração. “A gente continua com a mesma energia, levando as raízes nordestinas a todo lugar, e as expectativas para o futuro são grandes”, diz Rafael.

A banda Os Muringa se consolidou como um dos maiores representantes do forró em Fortaleza, sendo a cara da cidade e levando a alegria do Nordeste para todos os cantos. “Quando encontramos o que acreditamos, a nossa vocação, a gente só segue em frente”, finaliza Jarina, destacando o compromisso da banda com a música e com a cultura nordestina.

Por sua irreverência, autenticidade e dedicação ao forró, Os Muringa são, sem dúvida, um verdadeiro símbolo da cultura musical de Fortaleza e um legítimo representante do forró autêntico.

Leia também | Hiroldo Serra é referência para gerações passadas e luta pelo futuro do teatro

Sair da versão mobile