O governo federal anunciou nesta quarta-feira (26) uma medida que aumentará a carga tributária de quem tem rendimentos mensais acima de R$ 50 mil. A decisão faz parte de um conjunto de ajustes fiscais apresentados pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que incluem a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para trabalhadores com ganhos de até R$ 5 mil por mês.
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Segundo Haddad, o aumento na tributação das rendas mais altas será essencial para compensar a perda de arrecadação gerada pela isenção para a classe média, garantindo que a reforma seja neutra do ponto de vista fiscal.
“Quem ganha mais contribuirá um pouco mais, sem excessos e respeitando padrões internacionais consagrados. Essa é uma medida justa e necessária para beneficiar milhões de famílias brasileiras que hoje enfrentam dificuldades”, afirmou o ministro.
Com a nova regra, trabalhadores que recebem até R$ 5 mil por mês ficarão isentos do pagamento de IR. Atualmente, a faixa de isenção é de R$ 2.259,20, e a mudança representará uma ampliação significativa no benefício.
Haddad destacou que essa é uma das maiores reformas de renda da história recente do país e que atende a uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Essa medida vai beneficiar diretamente uma parte importante da classe média, fortalecendo o poder de compra e promovendo mais justiça tributária”, disse o ministro.
O aumento na tributação para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês foi a solução encontrada pelo governo para evitar impactos negativos nas contas públicas. O governo também anunciou que as mudanças serão feitas de forma a evitar exageros ou distorções.
Embora os detalhes sobre as novas alíquotas ainda não tenham sido divulgados, Haddad reforçou que o princípio é redistributivo, ou seja, aumentar a contribuição de quem está no topo da pirâmide de renda para financiar benefícios à base e ao meio.
Estima-se que a ampliação da isenção para rendas de até R$ 5 mil teria um impacto inicial de cerca de R$ 40 bilhões na arrecadação. Por isso, o governo está trabalhando em mecanismos que evitem um rombo maior, como limitar o benefício a quem realmente ganha até o teto estipulado e criar uma “rampa” para que trabalhadores com rendimentos ligeiramente acima desse valor não sejam prejudicados.
Além disso, a medida está alinhada a outros esforços do governo para promover justiça tributária, como a isenção de impostos sobre produtos da cesta básica, já aprovada na reforma tributária.
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