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“Mercado devia considerar também a justiça social”, diz Haddad sobre anúncio de medidas econômicas

"Mercado devia considerar também a justiça social", diz Haddad após anúncio de medidas econômicas

Foto: Reprodução

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o mercado financeiro deveria também levar em conta a “justiça social” e a importância do combate às desigualdades. A declaração foi dada na manhã desta quinta-feira (28), ao falar sobre o pacote de medidas econômicas anunciado na véspera, incluindo a isenção do Imposto de Renda para quem ganha salário de até R$ 5 mil.

“Temos orgulho de estar entre os 10 países mais ricos do mundo, mas estamos ainda entre os 10 mais desiguais. É um elemento importante que o mercado devia considerar também. A justiça social fortalece o país, fortalece a economia, o desenvolvimento. É uma cosia que tem conexão com o dia a dia das pessoas. Temos que gerar uma sociedade de bem estar no país, e estamos longe disso ainda. São passos improtantes esses que estão sendo dados”, disse ele, na ocasião.

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Após o anúncio de Haddad sobre a mudança no Imposto de Renda, o mercado reagiu negativamente, com o Ibovespa tendo despencado em proporção de 1,42%, na tarde da quarta (27). Houve redução expressiva da LWSA (LWSA3), que é a antiga Locaweb, na proporção de 8,24%. Também reduziram de modo expressivo os ativos do Magazine Luiza e Azzas (AZZA3), em 6,11% e 5,65%, respectivamente.

Já o dólar, nesta quinta-feira (28), abriu próximo aos R$ 6,00, em alta, também em reação às medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda.

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Haddad anunciou isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês. Para preencher o prejuízo, a partir desse custo, o governo anunciou ainda uma medida para aumentar a carga tributária de quem tem rendimentos mensais acima de R$ 50 mil. A intenção, com isso, é reforçar a taxação dos mais ricos, para que se possa reduzir a cobrança sobre os mais pobres.

Com a nova regra, trabalhadores que recebem até R$ 5 mil por mês ficarão isentos do pagamento de IR. Atualmente, a faixa de isenção é de R$ 2.259,20. Haddad destacou que essa é uma das maiores reformas de renda da história recente do país e que atende a uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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