O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou sobre as medidas econômicas anunciadas na véspera, pelo governo federal, incluindo as mudanças na cobrança do Imposto de Renda e o corte de gastos anunciado. Ele falou, na manhã desta quinta-feira (28), acompanhado de outros ministros do governo.
Entre as medidas propostas estão a regulamentação do teto salarial dos servidores públicos; mudanças na aposentadoria dos militares, instituindo idade mínima e limitações na transferência de pensões; alterações na regra do salário mínimo, que passa a funcionar sob os parâmetros do arcabouço fiscal; e outras medidas.
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Outro ponto de destaque é a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês. Para preencher o prejuízo, a partir desse custo, o governo anunciou ainda uma medida para aumentar a carga tributária de quem tem rendimentos mensais acima de R$ 50 mil. A intenção, com isso, é reforçar a taxação dos mais ricos, para que se possa reduzir a cobrança sobre os mais pobres.
Atualmente, a faixa de isenção é de R$ 2.259,20. Haddad destacou que essa é uma das maiores reformas de renda da história recente do país e que atende a uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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Justiça social
Na ocasião, o ministro disse ainda que o mercado financeiro deveria também levar em conta a “justiça social” e a importância do combate às desigualdades. A declaração foi dada após reação negativa, do mercado, frente ao anúncio da isenção do Imposto de Renda para quem ganha salário de até R$ 5 mil.
“Temos orgulho de estar entre os 10 países mais ricos do mundo, mas estamos ainda entre os 10 mais desiguais. É um elemento importante que o mercado devia considerar também. A justiça social fortalece o país, fortalece a economia, o desenvolvimento. É uma cosia que tem conexão com o dia a dia das pessoas. Temos que gerar uma sociedade de bem estar no país, e estamos longe disso ainda. São passos improtantes esses que estão sendo dados”, disse ele, na ocasião.
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Após o anúncio de Haddad sobre a mudança no Imposto de Renda, o mercado reagiu negativamente, com o Ibovespa tendo despencado em proporção de 1,42%, na tarde da quarta (27). Houve redução expressiva da LWSA (LWSA3), que é a antiga Locaweb, na proporção de 8,24%. Também reduziram de modo expressivo os ativos do Magazine Luiza e Azzas (AZZA3), em 6,11% e 5,65%, respectivamente.
Já o dólar, nesta quinta-feira (28), abriu próximo aos R$ 6,00, em alta, também em reação às medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda.
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