Os agentes Antônio José Rodrigues Miranda, Antônio Cláudio dos Santos, Francisco dos Santos Pereira e Gabriel de Souza Ferreira foram vítimas de disparos em maio de 2023
Policial que matou quatro colegas em Camocim/CE não responderá pelo crime após laudo indicar transtorno mental
O policial civil Antônio Alves Dourado, acusado de matar quatro outros agentes policiais em Camocim, no interior do Ceará, não deve responder pelo crime. A mudança vem após uma decisão judicial, decorrente de laudo pericial indicando que ele tem transtorno mental.
O setor de Psiquiatria Forense da Perícia Forense do Estado indica que a situação mental do agente “implicou em completo comprometimento da capacidade de entendimento”. Com isso, a defesa do homem, que está preso preventivamente, pediu imediata transferência para uma unidade hospitalar.
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Conforme a 1ª Vara Criminal da Comarca de Sobral, a transferência deve ser solicitada em formato de incidente processual, uma vez que implicaria em substituir o decreto de prisão preventiva por outra medida cautelar.
Relembre o caso
Os agentes Antônio José Rodrigues Miranda, Antônio Cláudio dos Santos, Francisco dos Santos Pereira e Gabriel de Souza Ferreira foram vítimas de disparos de arma de fogo, em Camocim, por um colega de farda, o policial civil Antônio Alves Dourado, que posteriormente se entregou às autoridades e permanece detido.
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Dourado era inspetor da Polícia Civil e estava de folga no dia do ocorrido. Após o crime, tentou fugir, mas acabou se entregando no quartel da Polícia Militar de Camocim. Três dias antes da chacina, ele havia recebido um atestado médico de 15 dias por problemas psicológicos.
Um mês após o crime, o Ministério Público do Ceará (MPCE) rejeitou um pedido de Incidente de Insanidade Mental feito pela defesa do policial civil acusado dos homicídios. O MPCE realizou a denúncia contra Dourado, e apesar do processo tramitar em segredo de Justiça, foi divulgado que a solicitação de insanidade mental foi indeferida, permitindo que o processo seguisse em andamento normal, sem a suspensão dos prazos estabelecidos.
Antes de se entregar às autoridades, Dourado gravou um vídeo expressando arrependimento e alegando ter sido vítima de assédio moral e perseguição. O caso permanece como um doloroso lembrete dos desafios enfrentados pelos profissionais da segurança pública e das complexidades envolvidas na proteção da sociedade.
Dourado chegou por volta de 4h40 da madrugada na delegacia da cidade pilotando uma motocicleta. O atirador chegou pelos fundos da delegacia, pulou o muro e foi para o andar de cima do prédio.
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Nesse local, ele encontrou o plantonista, que foi o primeiro a ser morto. Era Antônio Cláudio dos Santos. Após essa ação, ele foi para os dormitórios, onde estavam os outros 3 policiais. Todos foram mortos ali. Eram Antônio José Rodrigues Miranda, Francisco dos Santos Pereira e Gabriel de Souza Ferreira.
A polícia encontrou gás de cozinha no local, e várias mangueiras conectadas que conduziam esse gás, o que levantou a suspeita de que o plano do policial era asfixiar os colegas. Ele premeditou o crime, e pretendia matar os outros policiais que renderiam o plantão. Após os disparos chamarem a atenção, viu que não seria mais possível executar o plano inicial e fugiu em uma viatura, mas abandonou o carro e depois foi preso e autuado em flagrante.
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